quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

264 - Aereamente, diluímo-nos na vertigem das coisas. Esquecemos o cerne de cada questão. O verdadeiro centro incubatório De todos os ovos das víboras. Pouco derrotamos e consumimos centrais termonucleares de energia para... quase nada. Com mais ou menos máscara, o poder instalado, pela maioria das nossas opções, enquanto Povo, delapida a existência de cada um de nós e proclama, pela calada, o seu obtuso princípio: DESTRUIÇÃO, CRIATIVA. Assim, tudo se destrói para criar de novo um outro regime, uma outra ordem, enfim, o poder do predador sobre tudo o resto. Até quando estamos ou estaremos resignados a aguentar toda esta desfaçatez pecaminosa ou criminosa ?!....

No apaziguamento das fúrias, lembramo-nos das carícias, dos pequenos gestos: não invalidam o negrume que nos lançaram, apenas tornam o carrasco mais humano. As chamadas invasões dos Ministérios por sindicalistas, não foram mais do que entradas ruidosas para entregar o documento da exigência de um diálogo que a excelentíssima governação, teima em não realizar porque apenas deseja ter, como interlocutor, uns rascas yes,man, que, quem defende, de facto trabalhadores, não está disposto a ser. Porém, quando alguns tentam macaquear estas acções e invadem um simples e mero balcão de atendimento... não nos parece que seja, nem nunca o virá a ser afronta de poder. Mero sinal de destempero da raiva primária que se atribui ao cidadão que, atónito, olha para tudo sem perceber patavina. Muito menos tal gesto afronta qualquer poder descentralizado e que tudo oprime. Simplesmente, não é ali a sua sede. Todo este voluntarismo radical não justifica nem redime o opressor ou o oprimido. Acaba mera atuarda sem qualquer consequência. Porra, para tanta inconsequência!...

Curiosamente, alguns que sonegaram descontos de trabalhadores para sindicatos e segurança social, hoje apresentam-se como lídimos e pretensos chefes de uma revolução que lhes apraz imaginar. Outros, que traíram colegas de fábrica e afiambraram doações partidárias, apresentam-se hoje como grandes dirigentes de partidos do trabalho. Curiosamente!... Sentem revoluções improváveis como eminentes, perspectivando ser eles os futuros dirigentes do Povo. Não passam de radicalistas pequeno-burgueses que um dia qualquer se esfumam na insuficiência do que sempre foram.

Adoramos todos os que nunca trabalharam mas se afirmam operários para justificarem cargos dirigentes em partidos e movimentos de hipotética vanguarda. Supostamente!... são potenciais ditadores, imbecis e ignorantes da Democracia Popular. Servem-se do Povo mas... odeiam o povo. Porque nos havemos de admirar do hipotético êxito da direita? Quando a esquerda não se consegue depurar, a mistificação do centro-direita tem muito a ganhar. Os cravos murcham quando a inocência virou... interesse!....

Outra virose: o Tribunal Constitucional achou constitucional as quarenta horas decretadas para o funcionalismo público. Convergência com o sector privado? Excelentíssimos juízes: o Código do Trabalho para o sector privado, aponta quarenta horas como tecto máximo. Para a função pública, como base horária. Assim, tudo pode disparar para cinquenta e mais horas por semana. Ainda por cima a custo zero. Ah, sim, o País está em crise, a Troika ameaça, a UE reforça várias ameaças, poderemos não sair da crise, regressar aos mercados, bla,bla,bla. Basta olhar para o guião da futura reforma do estado do eminente Paulo Portas, para se perceber o que vem aí. Mas como, de algum modo, mesmo os juízes afectos à maioria, directa ou indirectamente, também são povo, quando provarem do que agora acham constitucional, veremos como reagem!.... A não ser que façam parte dos que querem transformar este País numa cleptocracia que, de facto, já está em marcha. Basta vermos os cortes nas pensões, nas reformas, nos vencimentos, nos subsídios de turno, enfim em tudo o que pode contribuir para a dignidade de cada cidadão. Aos que decidem, que fique este aviso: a vida sempre foi, é e será irónica. Tarde ou cedo, todos haverão de provar do veneno que hoje destilam. O Povo, não esquece, por mais atordoado que pareça andar!...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

263 - As teias de aranha são cada vez maiores neste País. Parece que anda tudo enlouquecido. Como é possível que, desde Durão Barroso a outros senhores teimem em fazer pressões, directas ou indirectas, sobre o nosso Tribunal Constitucional. Em causa mais um OGE que, segundo os próprios autores, contém ilegalidades ou, melhor dito, inconstitucionalidades. Outros, aproveitam a boleia para gritarem pela revisão da Constituição. Esquecem, deliberadamente, que ela já foi revista várias vezes. Porém, o que desejam é liquidá-la e produzir uma de acordo com os seus interesses imediatos. As Constituições não são para servir interesses de grupo ou de pessoas. São para servir um País e o seu percurso colectivo.A nossa é uma das melhores da Europa e do Mundo. Será que desejam restaurar a de 1935 e, já agora, o próprio Estado Novo que de novo tinha a circunstância de ser... fascista? Esta gente tem descaramento para tudo. Tal e qual o PSD que, em recente tempo de antena, não só acusava o PS de ser o causador de todos os males como dizia que ele, PSD, era o governo que mais tinha feito pelos mais desprotegidos, nomeadamente, transferir verbas para IPSS e Misericórdias. É preciso descaramento e cinismo à tripa forra!... Um governo que mais destruiu ou tudo fez para que a destruição acontecesse de pequenas e médias empresas, serviços públicos, que convida os mais novos para a emigração e os empurra para tal, que destrói carreiras profissionais, corta subsídios e salários e passa o tempo a transferir verbas para os grandes grupos económicos... não percebe a destruição que está a fazer no tecido social e demográfico do País ? Um governo que vai em peso a Bruxelas e ouve o Presidente da Comissão Europeia pressionar o TC e está calado ? Não percebe a humilhação de que foi alvo o País? O próprio Presidente da República não entende o que se diz e o que se passa? Dois órgãos de soberania que aceitam toda esta humilhação, são legítimos? Não juraram defender a Constituição ? De facto estamos perante gente a quem Portugal e os portugueses nada dizem. Merecem a destituição e que se promovam eleições para repôr legalidades. Que Durão Barroso seja cego ante o ascenso da extrema-direita em toda a Europa e à, cada vez maior, divisão, para não dizer racismo social, entre o norte e o sul desta Europa e até entre o ocidente e o oriente da mesma e nada faça, é um problema da própria União. Caminha para a implosão permitindo pasto para a barbárie. Mas que ataque, também, o seu próprio País de origem, demonstra bem do que esta gente é feita. Por tudo isto, continuamos a bradar que é às esquerdas que cabe o tempo de se unirem e apresentarem alternativas sérias a todas estas políticas que estão a demolir o tempo social de uma Europa e a contaminarem o Mundo. Vivemos um tempo de grandes convulsões e de grandes transformações a nível global: urge definir o que se quer: um Mundo Humano e em Equilíbrio Cósmico com toda a bio-diversidade ou queremos algo de desumano e destruidor não apenas de civilizações mas, também, da própria vida planetária?

Ergamo-nos enquanto é tempo e não esqueçamos que tudo está em aceleramento constante. O que não fizermos hoje, amanhã poderá ser já muito tarde.

domingo, 3 de novembro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

262 - Alice, diz-me que o País está num ca Ros: corta-se a luz em bairros sociais e, até a água. Aumenta a violência doméstica na proporção do desemprego sem direito a... nada!... Corta-se o RSI e os subsídios de desemprego, 6%, e de doença, 5%. Enfim, diz ela, tudo sufoca menos um governo que em tudo vê maravilhas e final de crise e de protectorado.

Pois!... convém tentar pôr alguns pontos nos is: Partidos, Sindicatos, Igrejas, Presidência da República, Governo, Assembleia da República e outras instituições, não são propriamente abstracções. Tudo reflecte aquilo que as pessoas que as formam, são.

Quando um Governo corta às cegas e a torto e a direito e crê que faz Reforma de Estado, é caso para perguntar se houve alguma festa que descambou em farsa etílica no Palácio de S. Bento. Quando um Tribunal Constitucional, declara inconstitucional qualquer acto ou decisão governativa ou lesgislativa, deve não só ser acatado, como resolvido a contento. Agora quando se ameaça, se deturpa e até se humilha o Tribunal e se dá a volta ao texto para impingir o mesmo ou pior de outro modo, estamos ante gente de má-fé e, pior, covarde, vingativa e propensa a ser ditadora.

Quando se destrói, desmotiva, humilha todo um funcionalismo público e se chega ao cúmulo de lhe cortar salários e pensões e se anuncia grosso despedimento e anulação de locais de trabalho para depois dizerem que o que restar vai ser melhor pago, estamos, sem sombra de dúvida, ante assassinos da moral e da ética, vigarista de alto coturno e ladrões de vidas.

Quando a AR é usada como palco onde todos os instrumentos que empobrecem um Povo, lhe reduzem direitos sociais e lhe limitam a cidadania e se teima em lhe chamar, Casa da Democracia e se considera leg´timo representante do Povo quem legisla contra esse mesmo Povo e a Democracia, estamos ante traidores da Pátria.

A coisa pública não é nem nunca será igual a coisa privada. Olhar qualquer instituição pública com o mesmo olhar com que se olha a privada é acto de aventureirismo irresponsável e criminoso. Pior, quando se pretende privatizar tudo o que seja público. A traição persiste e aprofunda-se.

Quando um simples Presidente de Câmara nomeia, para seu chefe de gabinete, o Presidente da Assembleia Municipal respectiva, estamos a inverter toda a lógica democrática, toda a ética e a moral políticas, ataca-se a essência do que é o Poder Autárquico e ataca-se a Democracia. São os mesmos que entendem que uma Câmara Municipal e um Município se igualam a uma empresa privada e como tal serem geridos.

Quando se cortam funcionários e verbas ao Tribunal Constitucional, ao Ministério Público e demais magistraturas e tribunais, estamos ante fascistas que, por mais que se travestizem de democratas, atacam a independência institucional e constitucional da Justiça ante os poderes políticos e económicos. Compromete-se um dos pilares basilares da Democracia e do Progresso Tudo isto só pode interessar aos criminosos de colarinho branco que tomaram o poder à custa de trafulharem a ingenuidade e a boa-fé de todo um Povo.

Quando se acorda, no actual contexto, qualquer acordo entre a esquerda e esta direita, estamos ante duas coisas: ingenuidade tacanha ou mero calculismo de uma partidocracia que se marimba para o País real. Depois... não foi há dias, na AR, que o Ministro da Defesa, referindo o acordo governativo da Câmara de Loures, perguntou se o PCP e o PSD se puderam entender porque não se alcançava um acordo maior para viabilizar a Reforma do Estado que Portas propagara dias antes e que não é mais do que a destruição do Estado Social?!....

Seja como for, o País das Maravilhas da nossa querida Alice, já se foi. Agora, temos o ataque, cada vez mais descarado, à Democracia e as extrema-direitas, neo-nazis, a levantarem-se, a manifestarem-se, enfim, a aprofundarem a respectiva organização e... visões sombrias?... Se estes  centro-direita se mostram atacantes da Democracia, é dever das Esquerdas se unirem e serem, de facto, a alternativa real a todo este espectáculo de humilhação geral dos Povos a que estamos a assistir e a sofrer na carne e na alma.

Portugal merece respeito, esperança, dignidade e progresso político, económico e social. Nunca será com esta gente, centro-direita, que tal se conseguirá. Quem com eles teime em celebrar acordos de conveniência, mesmo pontual que seja, são cúmplices da traição à Democracia que eles personificam com toda a propriedade.

NOvembro: dia oito, greve geral de toda a FP. Dia vinte e seis, nova manifestação de protesto em frente da AR contra este OGE.

Pelo meio, outras tantas lutas de outros tantos sectores. Pouco a pouco a rebelião alastra até que o País e o Povo exijam a proscrição de tais traidores da Pátria e que tudo têm roubado e vigarizado em nome de uma estratégia de destruição de Paíse e de Povos em prol de uma nova ordem Mundial que é negra menos para o Capital. O caminho da desumanização está em aceleração. Concordaremos com tal?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

261 - Nesta tarde pardacenta de Outubro, véspera de grandes manifestações nacionais da CGTP, apetece-nos dizer que anda, neste País, uma chusma de criminosos ao leme de um poder que, em cada dia que passa, mais se põe à margem da lei e da democracia. O orçamento de estado para o próximo ano, é a prova mais eficaz para tal afirmação.Não contém uma gotícula que seja de visão estratégica, independentemente do horizonte que defendessem, apenas e tão só, números que se cortam de acordo com as somas que se pretendem obter. Os cidadãos são meras coisas. O sector social, é mera demagogia e, com tal instrumento, tem morte anunciada. Este OGE serve para a engorda das grandes empresas que, por sua vez, tentam passar para o exterior, o máximo das mais valias que aqui obtêm. Estamos ante um crime de lesa-pátria se é que ainda a temos.A desesperança é a tecla mais tocada por esta governação de, na sua maioria, inconsistentes miúdos mimados que nada sabem da Vida e querem, à tripa forra, serem estadistas. O pior é que na Europa, as coisas não correm melhor. A traição ao ideal europeu é bem protagonizado por Durão Barrosos e seus pares de direita. Andam a brincar com o fogo. Por todo o lado, emergem sintomas do neo-fascismo e com todos os ingredientes, a começar pelo racismo mais xenófobo. De facto, o que esta confederação de direita que por aí campeia representa é traição em cima de traição aos seus Povos. Depois, como bons servos do grande capital, tornam-se carrascos dos seus concidadãos. Armam-se em sereias de mau agoiro quando lhes convém ganhar votos mas não passam de parcas espreitando moribundos. Portugal, enquanto cobaia da demência destes senhores, é o exemplo mais paradigmático que existe. A Administração Pública está condenada a ser privatizada na sua maior parte.O actual corte nos vencimentos que se soma aos cortes anteriores, é a regra que tal situação propõe.Não podemos nem queremos pactuar com tais dislates.Daí que não nos cansemos de acordar consciências antes que Portugal, enquanto Nação mais antiga da Europa e o primeiro exemplo de globalização não hostil, desapareça nas fauces de um capitalismo ávido de tanto que não respeita sequer a ameaça de auto-extinção que , cada vez mais, pesa sobre a Humanidade actual. Com as últimas autárquicas, deve-se recordar que muito está em jogo, incluindo a desfiguração do Poder Local enquanto garante absoluto da democracia. Jogos de centro direita só poderão trazer mais achas para uma fogueira que se adivinha e pressente, cada vez mais próxima. Assim, a "Marcha por Abril", tema das manifestações próximas, é um claro toque a rebate para que o Povo deixe de ter reticências aos cantos de sereia e, em definitivo, diga um estrondoso BASTA a toda esta canalha. De não esquecer: PSD é o campeão de políticos com crimes  de corrupção, económicos e outros a pingar das suas mãos. Se houver justiça a sério... veremos se continuam impunes. Seja como for : Acordemos novas madrugadas e salvemos Portugal para nos salvarmos desta sanha destruidora com que nos querem destruir.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

260 - Saudade da pacata melancolia de Marraqueche!... da imponência imperial do Atlas!... da florida canção oceânica De um Atlântico que nos faz sonhar Um tempo árabe no nosso coração português!... saudades das feiras portuguesas e dos bazares islamizados!... saudade da alegria Humanamente inocente Brotando da alma desta gente Que sou eu Em corpo inteiro!... dos cheiros das especiarias Das ervas aromáticas Dos chás Da renda das marchetarias Do barro E da paz Que tudo isto traduz Desconhecido senhor do capuz!...

         Quando a cidade é sitiada Pelo próprio rei De dentro para fora Como convém a qualquer traição Importa saber O que irá responder O Povo que a trabalha e sofre e ama. Só a covardia Pode determinar O apoio ao rei Mesmo que outros nomes tenha Para adocicar E se poder suportar A ruína que a miséria dá. Um Povo tem que aprender Que nenhum poder é eterno E que o único soberano É o Povo ou não fosse ele a alma De toda uma cidade Estado. Assim Com toda a calma Vamos saber se é o rei ou o Povo quem está arruinado!...

         Ao redor Das fogueiras Das vaidades O rubor Das bandeiras Das cidades Tropeça-nos os dias Desafiando-nos a rebelar. Aproxima-se a rebelião dos tempos adormecidos Que toda esta construção Tudo transforma em desfavorecidos. Remando em mar revolto Cansa corpo Exaure a vida Se vou já não volto Que não falta gume a tanta ferida. Morre lenta e devagar Ave impedida de voar!...

         Mudanças. Profundas mudanças. Longínquas do que é necessário. Sintonizadas com esperanças De muito egoísmo De pouco altruísmo Mudanças Profundas mudanças Com que se farão novas tranças De um novo poder Que poderá não ser O melhor e mais esperado alvorecer Para um mundo mais cuidado Onde todos possam viver!...

         Quando se esvaziam almas de tudo o que pode ser fé Elas que perderam a esperança Resolvem revisitar o material Na busca improvável da fé Na busca insustentável da esperança E experimentam tudo Para fugir Ao que lhes deu cansaço Ao que lhes deu saturação Ao que lhes negou espaço Ao que lhes deveu realização. Não há pior inimigo Do que uma alma fria Obrigada à saudade do calor Que rema sem alegria Para suportar a dor. Expurga para esquecer o traidor!...

         E depois das eleições autárquicas uma pergunta às consciências: será que vai começar a arrancada  da esquerda que vise a defesa dos direitos inalienáveis do Povo e enfrenta a criminosa ofensiva do capital que tenta desfigurar tudo e mente e mistifica e subverte para escravizar e neutralizar os Povos?....

         Avancem para a Vida e desafiemos os que desejam a morte da Vida!...

sábado, 21 de setembro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

259 - A direita que nos (des) governa anda a subir de tom no seu cinismo, na sua demagogia, na suya mistificação. Cada dia que passa apresenta mais e mais tiques ditatoriais. Rodeia-se de assessores pagos principescamente. Avançam na destruiçãoi desta democracia e do estado social. Quem chamou de pedagogo ao Nuno Crato, enganou-se: mercenário do capital, anda a destruir o ensino público e, portanto, o acesso da maioria do Povo ao ensino. Curioso: ele e todos os outros deste governo senão fosse a Escola Pública nunca teriam acesso ao que tiveram. A começar pelo próprio Cavaco Silva. E agora armam-se em coveiros?...

A ambição desmedida  obcessiva  acaba criminosa e é filha do medo. Tudo utiliza  para granjear poder. Intriga  denuncia  enreda  empecilha. O seu alvo predilecto: a honestidade. Para almejar mais e mais poder até a própria família Os próprios filhos servem às suas urdiduras e acabam reais vítimas das suas conjecturas. A ambição desmedida  não recua ante coisa alguma. A sua natureza e a suya razão tornam-na predadora e tudo isto para a Humanidade é... pura negação!...

Repulsa é o vómito que mais acomete aos que já não têm estômago para tanto malabarismo e ludíbrio e mistificação de um poder que não se reconhece do Povo e contra ele se prepotencia. Há nesta gente qualquer coisa de matrix. De sabujo e erróneo Mascarado de sapiência Sobretudo daquela que apenas considera útil e verdadeiro o que determina. Repulsa é mais do que uma palavra É um sentimento Incómodo porque azedo e fétido que nos traz à boca O que deveria ser expelido pelo ânus. O pior é que se fosse assim Seria sinal de ser excedente de digestão. Sendo vómito é sinal de recusa total na absorção. A repulsa deveria ser incentivada... enquanto esta gente andar a atropelar-nos.

Estamos entre o rio e a corrente: nada nos separa. Se um nos contempla A outra é a viagem que nos leva ao desconhecido Que só o é Enquanto não o visitamos Depois... à barca À barca gentinha Que nada sabeis Do que se adivinha!... e porque se deveria adivinhar?... Não somos bruxos nem pitonisas Mas metemos nos buchos Alguidares de brisas!... empanturrados Cambaleamos entre limbos e infernos Esperançados De que estamos Vitoriosos dos invernos. No fundo... adormecemos... rastejando uma ilusão de anjos!...

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

258 - O Tribunal Constitucional deu razão a quantos proclamavam a inconstitucionalidade para a Requalificação ( despedimento) que o Governo PPD/CDS pretendia impôr à Função Pública. De facto, era uma fraude total e feria os conceitos de segurança laboral, boa-fé contratual e justa causa. Queiramos ou não, o governo não vai desarmar e temos que estar todos alerta para o que possa vir aí. Até porque, o FMI está ao ataque e quer impôr cortes ao salário mínimo nacional e aos restantes salários, públicos e privados. Quer renegar todo o conceito actual de contratação colectiva e individual e flexibilizar e precarizar toda e qualquer relação de trabalho. Regressão completa de ganhos civilizacionais em nome do lucro, da prepotência, da ambição sem limites nem moral, enfim, da retoma do conceito do senhor e do escravo. Será bom que as polícias e os exércitos não seesqueçam que são filhos dos Povos e que apenas são bons enquanto forem úteis para praticarem todo o tiupo de dislates e de crimes que esta gente quiser decretar. Será bom que todos os cidadãos acordem de vez e se oponham de forma cabal a toda esta barbárie que esta gente tem em agenda para o Mundo e, no caso português, como exemplo claro e experiência para depois a inocularem em toda a Europa e restante planeta ( em muitos casos já estão muito avançados). Por tudo isto é que se considera que toda esta gente é criminosa de crimes de lesa humanidade. São racistas sociais, praticam terrorismo social, convencidos de que são os donos da VIDA.

         Em tudo isto e por tudo isto, fica um repto a toda a nossa esquerda: mais do que nunca, entendam-se. De molde a que se crie o ambiente necessário à existência de uma alternativa de facto e real para mudanças de políticas que nos estão a matar a todos e ao próprio conceito de País e de Povo e de Cultura.

         Escolher, é uma forma de encontrar o ideal possível ao nosso bem-estar. Escolher, obriga-nos ao conhecimento dos diferentes mundos onde poderemos existir. Se não conheces, como escolherás em consciência? Se não conheces, não entendes que as opções são mundos diferentes, diversos entre si, apesar de comunicantes. Escolher, é sorrir ao que nos agrada e ouvir no silêncio os sons do UNIVERSO. Escolher, é movimento, contínuo, tal e qual o pensamento que apenas melhora com a continuidade, reflexão e a tranquila fé na claridade.

        Transeunte de um tempo que me agrada e revolta, procuro alavancas de mudança. É da ansiedade?!... nada muda quando não nos mudamos por dentro. Vociferemos contra todos os tronos imbecis e seus dislates. Enchamos ruas e avenidas e praças com todos os coros dos desafortunados. Se não nos mudarmos por dentro, nada mudaremos por fora. Acabaremos empecilhos para os nosso ditos bombásticos que até despertaram esperanças e fés mas nunca solidariedades tão enormes quanto uma mudança necessita para poder dizer: Finalmente existo!...

       E tudo isto passa pela consciência colectiva que, não invalidando a individual mas terinando-a para que seja solidária e atenta a tudo e a todos, o planeta necessita e reclama. Além, claro, do indivíduo humano porque está em marcha a sua negação e, por consequência, a negação do ser e de todo o equilíbrio cósmico.

      Não deixemos matar a nossa humanidade e saibamos ser humildes para que possamos dar as mãos e mudar o Mundo e estas políticas assassinas.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

257 - E os senhores sem rosto Preparam a guerra... E os senhores do leme Viram lacaios da vontade dos senhopres da guerra... Ninguém quer saber Das tragédias aumentadas e continuadas e multiplicadas... o que inclui o pós-guerra e a permanência da guerra através de atentados bombistas e outros como os atentados económico-financeiros, as agiotagens crtescentes sobre Países e indivíduos, o atirar para a miséria de tudo e de todos... a humilhação e a indignidade estão a ser semeadas e regadas e adubadas e a crescer sobre os povos e os indivíduos. Alguém pára para pensar?... A guerra movimenta mais do que a Paz.... Assiom o dizem e assim o querem... sôfregos de lucros e sôfregos de vidas sem cuidarem que... quando morrerem... nada levam e nada mais serão doi que um... bocejo de pó. Todas as crises que infectam o Mundo são a mesma e única face Da guerra permanente... do canibalismo patente...para que o lucro cimente um único império: o dos senhores sem rosto.

         Somoa um aglomerado de células Em permanente labor químico Com uma fábrica de ideias que não são mais Que deduções... mais ou menos lógicas obtidas pelas sensações Que um estranho sistema eléctrico transporta até aos sensores respectivos?

         Uma máquina precisa Fria Para fabricar desordem como experiência de um estranho criador ?

          A sabotagem criada pela razão não nos justifica Não nos explica Nem nos multiplica. Cega-nos até ao extremo do nosso próprio extermínio. Os sentimentos são a nossa salvação Sobretudo quando revelam mas nada explicam.

          Encontrar  Palavra chave  Caminho   Lucidez Respiração que nos salva quando passeamos Quando saboreamos o cheiro de um mar intenso E de um horizonte tão denso Que nos interna no infinito.

          Encontrar o que somos em cada gotícula de vida  Olhá-la como se nos víssemos E reflectíssemos Sobre o que nos falta lapidar... em nós e em tudo.

           Encontrar   O que devemos fazer sem nos subjugarmos a interesses que nos corróiem Que nos destróiem Em nome de normas que nos assassinam.

           Encontrar    É nascer em cada momento ou não fôssemos uma invenção permanente e contínua.


            Há que agir contra os cavaleiros dos múltiplos apocalipses que nos enegrecem os dias e os tornam irrespiráveis.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País(cont.)

256 - Uma vez se acendem incêndios perigosos para a Humanidade: Ontem mesmo, foi confirmado que os USA davam instrução militar à oposição síria em campo secreto na Jordânia, onde se situam os campos maiores de refugiados civis. Prepara-se para a qualquer momento bombardear e destruir o regime sírio. Culpados de combaterem com armas químicas? A oposição síria já deu as coordenadas dos alvos que os USA querem atingir, noticia-se. Cada vez mais tudo se assemelha ao que foi feito, dito, justificado para o Iraque. Hoje, o Iraque é tudo menos um País e pasto da Alcaeda e de outras lutas fratricidas, enquanto as operadoras americanas se banqueteiam com o seu petróleo. A Síria não tem petróleo. Desestabilizando a área, pretende-se atacar o Irão e subjugar tudo ao poderio USA com a Inglaterra e a França  a fingirem que são donas do Mundo em parceria. A guerra dá mais proveito do que a Paz? Para os gananciosos, predadores, mentirosos compulsivos e traidores da Vida, parece que sim. A ver vamos. A Rússia e a China vão assistir a tudo impávidas e serenas? A Reserva Federal Americana vai, mais uma vez impôr o poderio do dólar e, portanto, da hegemonia USA? Para já, Obama já não é mais do que um títyere destes interesses obscuros.

          Entretanto... aumenta a pressão para destruir poor completoi a Administrração Pública portuguesa. Atirar para fora os assistentes operacionais e assistentes técnicos, por agora, já que o governo já admitiu que o resto iria a seguir, significa a privatização da maioria do sistema público, isto é, a empresarialização do Estado. Aparentemente o Povo resigna-se a tudo isto. Aparentemente, esta gente parece estar a ganhar a guerra económica e social que declarou ao seu próprio povo. A destruição de tudo o que a Revolução de Abril tinha trazido de positivo. O que inclui o próprio Serviço Nacional de Saúde. Aparentemente, a miséria será a nova pátria de largas faixas de portugueses. Aparentemente....

         Estamos a construir a maior derrota: Da Vida e do Ser Humano. Em marcha não apenas a escravização como a robotização de gerações futuras. A loucura desta gente não tem nome nem classificação.As políticas seguidas por estes governos sob exigência alheia e obediência cega dos lacaios de sempre, são, cada vez mais, crimes contra a Humanidade.

         Dizia um cientista, há dias, que, no futuro, só terá trabalho quem for portador de um determinado chip. Ficção ? ISto e muito mais está a ser desenvolvido, entre outros, em laboratórios privados dos USA, em nome do progresso. Qual? Agora que se incendiou um dos maiores Parques Naturais dos USA, como pensam ter futuro? Precisam, de facto, de dominar por completo o Mundo. Será que tudo e todos o vai aceitar?

        

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont)

255- Diz um velho aforismo popular que ninguém deve cuspir ou morder a mão que lhe deu, dá ou dará de comer. Isto visava alertar para que ninguém fosse ingrato. Hoje em dia, tal aforismo pode ter umaleitura mais grave: limitação do livre arbítrio, ou seja: DA LIBERDADE INDIVIDUAL. Dizia o Padre Américo que não se deve dar a um esfomeado uma caixa de bolos porque o poderemos matar sem que o quiséssemos. Significa tudo isto que, quando se dá algo a alguém, não devemos esperar qualquer troco mas, também, não deveremos cercear a liberdade de quem recebe ao ponto de lhe impormos seja o que for. A consciência individual não deve ser violentada nem cerceada. Posto isto, ficamos admirados com a quantidade de gente que se julga alcandorada a qualquer degrau social e tudo faz para ter reconhecimento como tal, o que inclui vender a alma ao diabo, como sói dizer-se. Que a direita tenha os seus filhotes e serventuários de sempre, tudo bem. Agora que surjam outros que já foram e são vítimas de políticas assassinas dos seus futuros ( e dos seus presentes) COMO PALADINOS DO VIRTUOSISMO desta direita... é estranho. Talvez não: anda por aí muita gente que, sendo Povo, não o aceita como raíz e vê a colagem à pequena ou à média burguesia como um novo batismo, uma ressurreição como se a génese de tudo pudesse ser apagada do nosso DNA. Cada vez mais, as sociedades reclamam o poder dos Povos, como estrada para o bem comum e um consequente futuro melhor. Toda esta gente vê isto como... o servir-se para bem de alguns e, escandalosamente, ignorar o Povo que são. Não basta dizermos que tudo isto está mal. Que a corrupção material e espiritual desta direita é indesmentível. Que a traição ao seu semelhante é por demais evidente. Há que ter atitude. Mas...

       Se não há palavras para mim Como hei-de ter palavras para ti?!...

       Tudo na Vida se vai transformando Mas o que o ser humano transforma É muito menos humano E quase sempre fora de norma. Olhando a História Os impérios foram ruindo As barbáries substituindo Até se tornarem novos impérios. Todos clamaram por deuses Todois apelaram por deusas. Quando partiam para as guerras Tanta vez ai tanta Pediram ao mesmo deus A vitória para si E o infortúnio para o semelhante. Tudo isto é loucura Que tem feito dos anjos caídos Teimosos substitutos de deuses E só raivosos Enquanto não vencemo efémero que são.

      Será que sabem?

      Se o soubessem não porfiavam tanto por malbaratarem a Vida com todas as ambições e ganânciasd e gulas e agiotismos e difamações e... tudo o que semeia e espalha a fome e a doença e a morte prematura a tanto ser humano e a toido o ecosistema que ainda mantém este Planeta como vivo e azul. E já agora: depois dos incêndios que tanta criminosa insensatez tem feito multiplicar o dano neste País e não só, será que seremos capazes de reconstruir e melhorar o que resta da floresta que nos sustenta a vida? Os governantes que não planificam a recuperação de tais feridas, que não promovem a prevenção, que não melhoram as condições do socorro e de quem o presta, são também passíveis de crime contra a humanidade. Claro, se vivêssemos numa verdadeira democracia e fôssemos obreiros de um mundo melhor.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

254 - De dia para dia, a loucura humana cresce de tom. A questão Síria: para lá de crimes de guerra que ambos os lados beligerantes possam cometer, esta guerra civil obedece à trama posta em marcha desde o início do Sec. XX pela Reserva Federal norte-americana. O domínio global é o seu intento. Nunca hesitaram em fazer cair governos, em destruir povos em nome do dólar que, não sendo propriedade do Governo dos USA, é... propriedade privada!... Além de que hoje em dia, exemplos como os do Iraque, Afeganistão, Líbia, Líbano, Egito, são a prova evidente da anoquilação de tudo o que tente fazer frente à Reserva Federal dos USA. O dólar tem que ser único e poderoso. Para tanto, mais uma guerra, menos uma guerra...por outro lado, há a tentativa de neutralizar o Irão e, por fim, deixar o domínio regional nas mãos dos Sionistas de Israel. Por cá, os nossos queridos governantes são exímios alunos desta gente. Tudo farão para destruir o Estado Social, erguer o Estado Empresarial e transferiur para a privada tudo o que puderem. Pena é que o cidadão, por comodismo, egoísmo, ignorância, cansaço, miséria e empobrecimento galopante, esteja a dar tudo de barato. Até nas Autárquicas, isto se torna claro: os que bajularam e, de algum modo, se aproveitaram de anteriores gestões, agora atarracham-se às coligações emanadas do poder vigente. Sôfregos de dividendos, a maior parte das candidaturas não são mais do que oportunistas e gananciosos que enganam povos para sugarem qualquer cibo de tutano para seu proveito. Traidores de tudo e de todos.Já ninguém sabe de ideais? Já ninguém sabe de direitos humanos, logo, laborais? Já ninguém sabe de moral e ética públicas? Já ninguém sabe de serviço público? A ganância é tanta que tudo serve de máscara para vigarizar o semelhante. Mas não se ralem... a Vida é irónica e todos terão o pago do mal que vão fazendo mesmo que com ar angelical oiu de beatério de sacristia de que até já o Eça falava.

Esperança é rala Nestas searas de vento Pudesse e estava Numa duna junto ao mar. Quem parte tem mala Quem fica o firmamento E tudo o que se cava Na febre de tudo melhorar. Não choro nem digo Adeus a coisa nenhuma Tudo se vai afastando Nos interesses que não partilho. Há um sem abrigo No que somos e nos ruma Para onde e quanto O quere seja gatilho.Quero olhar e dizer Bom dia a cada sorriso Nesta terra de fogo Posto por tanta demência. Difícil é viver Inferno no Paraíso Tudo ter que ser jogo Que nos condena à aparência. Viver a vida É ousar a humildade Saber da terra Ser amante do mar Dar à Paz guarida Ter nas veias da Alma Liberdade Matar de vez a guerra E nunca deixar de amar!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

253- Pouco a pouco a palavra mingua Torna-se diferente da mesma que ouvimos Quando ainda víamos magia na Lua E a sentíamos mais do que ora sentimos. Pouco a pouco a palavra não fica Não cria raízes na alma de nós Torna-se um som que a poeira debica Pássaro ladrão da velha voz. Pouco a pouco a palavra se deforma Mal escrita Mal ouvida Mal dita A gramática é volúvel na norma E ningém liga a errs de escrita. Pouco a pouco a palavra se deslaça O léxico é curto e pragmático O som que a fazia viva já não enlaça E tudo o mais é fogo errático.
        Por estas e outras razões, estamos a persistirna ilusão da armadilha. No Pontal, um pseudo político que, por acaso, é primeiro ministro,insistiu na mesma receita de austeridade apesar de todos os especialistas, nacionais e internacionais já terem chegado à brilhante conclusão de que não passa de um mero caminho para a desgraça. Depois, acusosu a Constituição, o TC, os parceiros europeus e a possível contestação social, de serem hipotéticos inimigos da sua teimosia e, claro, de enegrecerem a luz que ele diz que leva na mão. Confessou, pelo meio, que "estavam quase a chegar ao objectivo". Quem? Qual?.... ele e aqueles que nele se reveem porque, prepotentes, ambiciosos, amorais,mistificadores e sabotadores da humanidade.São os que acham que a ditadura, mesmo trravestida de democracia, é a única terra fértil para os seus objectivos. E estes, são, obviamente, acabar de vez com o Estado Social e erguer o Estado Empresarial, ou seja, capitalismo selvagem e escravização de tudo e de todos à tripa forra. São todos os que acham que o Mundo só existe para os servir. São a refinação da zé-espertice que desde os anos oitenta tem campeado por cá e tanto que foi subindo de tom e de massa e o resultado está à vista.
           Por isto é que perder caminhos e voltar às veredas, só porque alguns semearam adversidade... é como combater o fogo e ser abatido por labaredas sem nunca deixar a tenacidade. Todo e qualquer negócio de risco ( esta político é o que é) quase sempre vira tóxico. Arte de enganar o não interrogador que se esquece de que o Tempo é um óxido E tuydo corrói para ser o único vencedor. De não esquecer: as cilaDAS MAIORES SÃO AS QUE SAIEM DE SIMPÁTICOS BEM FALANTES fRIOS OPORTUNISTAS QUE GOSTAM DE SER ESTRELAS pARA MELHOR SUGAREM OS EXPECTANTES.O traidor já se fez passar por bemfeitor e acaba sempre como deus caído. Pelo meio há sempre quem o veja como o melhor quando todos sabem que ele foi sempre um vendido a todos os desígnios do capital, logo, do anti-humanismo. Urge pensar e agir antes que a madrugada se torne em ocaso.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

252- Cada vez é mais ténue A separação Entre terra firme e abismo. Tudo nos pode salvar. Tudo nos pode condenar. O que apresentamos na rua Pouco tem a haver com o que guardamos No silêncio de nós. Aparentemente... não nos revoltamos. Aparentemente... não nos incomodamos. Aparentemente... até nos aproveitamos. Não tardará o tempo Do mar revolto Do sismo solto. E depois os mentores de todas as máfias Serão senhores ou meros rufias? Tudo lhes serviu para enriquecer: até crimes de favor. Será que saberão devolver Toda a dignidade Toda a verdade Que nos têm expoliado? Ai este mar de dor em que tudo se afoga!...
         O único poder O verdadeiro poder É unificador. O que promove relações humanas Justas Cooperantes Solidárias O que identifica o sentir de cada um Com a dor alheia. Todos os seres têm uma Alma Sábia. Plena de memória e de conhecimento. Se houver verdadeira vontade do Bem A Alma Sábia saberá inspirar-nos E dar-nos a passagem Para a dimensão oculta e inteligente do Universo Onde tudo se converte em Unificado Interactivo Surpreendente. É por isto que o absurdo que nos corrói Tem que ser mudado extirpado  substituído Por gente da Luz Por gente de Alma Sábia.
         Das fontes de antiga linhagem A vida deu-nos a água Para sobrevivermos Nesta travessia de múltiplas paisagens. Dos montes gorguleja a viagem A vida de alegria e mágoa Para entendermos A alegoria de múltiplas passagens. A água foi-nos dada Porque a havemos de mercar? Da terra fecundada É isto que tudo vem negar? Somos caminhos de consciência Temos que ser caminhos de transparência. Segredos Inventam medos Criadores de conspirações que não respeitam corações Impondo mil degredos A Povos e Nações!...
        Porque te não hei-de deixar Se de tudo me deixas vazio?!... por mais que por ti tente lutar Secam-se as fontes Morre-me o rio. Ai ventos que em ti semeiam fogos Nada sabeis de melhores novas. Em ti deuses já não ouvem rogos E já nos cansa o burilar das trovas. Ai flores... ai flores dos verdes pinhos Que vão nas águas a boiar Entre pedras morrem caminhos E misérias matam o verbo amar. Por mais que te ame e queira Não tenho modo de ficar. Para ti sou mera canseira E de ti já pouco há para acreditar. Olhando o vento... quero o céu... Chapéu azul com aves a voar. Nada quero do que é teu... Adeus ó terra... que me sobra o mar!...
        Mau grado o espartilho com que nos minguam a Vida Há sempre um rastilho de desfrute da vida apetecida: concertos musicais a abarrotar de juventude Festas e arraiais em que se agita louca atitude. O dia a dia é tão precário!...haja pândega para esquecer que em casa já não há salário E tudo nos anda a doer. Enche-se qualquer santuário com residentes e emigrantes. O tempo por cá é mero sudário E o que vem não é melhor do que antes.Sofrem-se dores nos ossos Bem piores as da... alma.Bens mais preciosos são as fugidias Paz e Calma. Prefiro então olhar o Mundo Pela janela do Sol em desleixo. Rever Agostinho da Silva no fundo de um copo Por onde volto a beber António Aleixo!....
        Há toda uma floresta de enganos Nesta terra de sol e mar. Temos o querer dos raianos: viver lá e vir cá descansar.Com ganas de tudo arrasar Desistimos de combater: eleições?...políticos?... Não votar julgamos o melhor amanhecer... porém... Se tudo continuar sem rupturas cada vez seremos mais escravos de elites criminosas e obscuras que odeiam rosas e muito mais os cravos.
       Os bem pensantes de ofício são excrementos do Capital que os quer ao seu serviço para semear o mal em toda a vida. Há imensa dor no peito... se o escravo ousar derrotar o seu senhor... a Vida será natural no seu jeito e haverá sorrisos em todos os carreiros.
        Curiosamente: o actual governo de Espanha ( de direita) em uníssono com os Sindicatos espanhóis, disseram, aos que lhes aconselhavam a diminuição dos salários de Espanha, que não os diminuíam. E têm maiores salários do que nós. Será que o governo de Passos Coelho/Cavaco Silva aprenderão algo com nuestros hermanos? E o zé-portuga? Já não basta toda esta balbúrdia e euforia com rescisões ditas amigáveis e requalificações ( finalmente o PR lembrou-se de mandar o diploma para o TC) e novas intenções de baixar ainda mais os salários públicos ( para depois os baixarem aos privados) ? E as mobilidades internas... cheias de boas intenções e plenas de ratoeiras!... Por favor, parem e respeitem o que nos resta de Portugal.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

251-Este Agosto de 2013 está a ficar escaldante ou seja: a virar um Inferno. Nem Dante faria melhor. Mais e mais austeridade.O Governo do PSD/CDS prepara-se para a liquidação total do Estado Social e implementação acelerada do Estado Empresarial. Para tanto, basta condenar os reformados/pensionistas a um fim de vida degradado, onde a humilhação é total. Também, para quem aufere pensões de viuvez. Depois para o que resta do activo da Administração Pública, reduzindo escandalosamente os salários já de si, na maioria, baixos. Salve-se os dos políticos no activo e, claro, as grandes empresas. As PME, apesar de algum balão de oxigénio ( só as que exportam ou pertençam a grandes grupos), estarão condenadas. O Capitalismo selvagem em todo o seu esplendor está aí. Neste momento, avança-se com rescisões "amigáveis" na AP, a que se seguirão despedimentos por via da "requalificação" e consequente privatização ( ainda não confessada) dos serviços públicos mais rentáveis.Atenção: a privatização da água vai endurecer e bem patrocinada pela União Europeia de Barroso e Merkl. Se é verdade que Portugal não é uma ilha, verdade é, também, que os portugueses terão que reagir a todo este avançar de uma nova ditadura por mais disfarçada que se apresente. Ditadura do grande capital. Estamos a ser surpreendidos com a mudança de Local de Trabalho nas escolas: por convite e, depois, compulsivamente. Respeito por quem trabalha? Não. Esta gente sente-se dona do mundo e os Povos que governam são, para eles, escravos.Esta gente não querem ser Povo, nem Humanos, nem Democratas. Esta gente é criminosa em todos os sentidos.Burlam, vigarizam,mentem, mistificam, traiem, roubam e expoliam.Para quando o reagir de facto de todo um Povo?
Preparemo-nos todos, sem excepção, para o desastre total e a alienação deste País. Alarmismo? Não. Lucidez. Há que chamar os bois pelos nomes.E para os que dizem que os Sindicatos são a desgraça, dizemos apenas: se os sindicatos se rendessem e traíssem a defesa dos trabalhadores, Portugal já estava em ditadura total e os portugueses em escravatura completa.Infelizmente ainda há muita gente que julga que, lambendo botas dos senhorecos que escapam e que são premiados. Esquecem-se de que estão a ser transformados em prostitutos e prostitutas enquanto isso servir os interesses dos tais senhorecos. Quando não, serão despachados para a lixeira comum. Nunca como hoje se impõe a cada um dos portugueses este dilema: apoiar quem nos molesta ou optar de vez pelon humanismo que as esquerdas representam.Salvar o País é salvarmo-nos.O nosso destino comum obriga-nos a ter opções fortes e de coragem absoluta. Ou nos salvamos ou nos desgraçamos. Avisos feitos, esperemos que ouçam.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

250 - Quem diz que alguém ou um artista, por exemplo, é melhor do que outro? Quem são os sábios, donos das verdades dogmáticas, que normalizam todas as tabelas de aferição? Vivemos num tempo em que ops interesses se interligam Subjugam Espiam Conspiram em nome de uma permanente conspirativa competição. Cada vez mais Os melhores artistas auto-exilam-se no anonimato. Não aceitam nem acatam Os ditames dos mercados Dos profissionais formalizadores de opiniões, sempre convenientes ao regime em vigor. Tabeladores de liberdades. Vivemos um tempo em que tudo se relativiza Tudo se banaliza Tudo se materializa. Tempo que injecta medo em todos os nano-segundos E nos narcotiza como pobres diabos em que nos transformam. É o triunfo da mediocridade e da maldade travestidas de... salvação!...

           Ser livre é não ser infiel à nossa própria evolução. É consciência pura que nos leva aoencontro do melhor de nós próprios. O nosso magma. Ser livre Obriga-nos à harmonia com o todo planetário e universal. Ser livre é querer e amar a luz. Recusar todas as âncoras da matéria. É ser amante da verdade mesmo quando esta seja relativa. É ter uma mente aberta Lúcida Sagaz que se exprime pelo sentir do coração. Uma mente que sente Que não se esgota no puro e frio raciocínio e recusa o calculismo. Ser livre É nunca desaprender de amar E assim Dialogar com o semelhante E nunca se subjugar ao preconceito. Em suma: É ser Verdadeiramente Inteligente!...

             Una é a Vida. Eterna e indivizível.Não foi criada porque... é a plena existência. A plena consciência. Multiplicou-se e multiplica-se pot biliões de seres vivos. Irmanados pelo mesmo útero: VIDA. Tudo e todos interligados. Nunca sós nem separados nem confinados a qualquer cápsula física. Biológica ou material. São unidades autónomas de vida. Interligados entre si e à Vida Universal por um fio de respiração. Isto quiseram humanos apelidar de deus. Está dentro e fora de nós e em todo o Universo. Independentemente da forma ouda fórmula que adopta em cada nano-instante cósmico. A Vida é a plenitude de tudo. Porque haveremos de liquidá-la com ambições e artificialismos incongruentes? Porque teimas em não viver?

              Hoje mais do que nunca importa saber o que é ser de esquerda: é pertencer a um movimento de fidelidade essencial e contínua à noção de justiça e de liberdade. Liberdade, Igualdade, Fraternidade: mais do que proclamação da Revolução Francesa,são conceitos cósmicos, sagrados, porque manifestam a ordem Universal. Ser de esquerda é ver a verdade como um compromisso e um caminho de transformação. Desde D.Manuel I, Portugal virou materialista. Com D.João III que impôs a Inquisição, lesou-se a espiritualidade e fez afastar Portugal do seu caminho maior, ou seja, da luz. Temos tido séculos de grandes conquistas mentais e tecnológicas mas... pouco inteligentes. Muito mais retrógradas do que se pensa porque têm embotado a evolução da vida interior de cada ser humano.

              O Individualismo não é mais do que um separatismo, ou seja, o ego de cada um contra o Mundo, uma tentativa de afirmação de poder por mero desejo de sobrevivência. Ao projectarmo-nos contra os outros, nada resolvemos e, quando atingido o limite do seu poder, torna-se impotente. Todo o poder individual que não integra o ser humano na vida colectiva, dissocia-o e insulariza-o. O único poder real é o que unifica, aquele que promove o poder das relações humanas justas, cooperantes, solidárias e que têm compaixão, ou seja, identificam o sentir de cada com a dor alheia.
       
                Por tudo o que fica dito, convirá saber encontrar o caminho comum que possa derrotar o mal que impera e repor tudo no caminho do Mundo melhor que todos queremos e desejamos. Para tanto... cada um também tem que se saber melhorar. E não será por meros consumismos e competições assassinas que se alcançará tais metas. Portanto... mãos ao trabalho que o tempo urge. Os assassinos da Vida não desarmam se não soubermos ser solidários e cooperantes e verdadeiramente de esquerda.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

249 - Árvores ondulam Danças do ventre Nos claustros da Noite. As misérias enloucam gentes Moribundas de alma Crentes de um poder Que lhes desbota e arrasa a vida. Descrentes de si próprias Auto-exiladas da sua cidadania Incapazes de darem um chuto nas nádegas Destes cortesãos dos Brendenbergs Que Conspiram contra a vida. As lógicas São-nos impingidas A todo o momento Pelas publicidades e opinadores de serviço. Aliás... estes são os vendedores oficiais e bem pagos para lhes venderem as ideias... as políticas.... preparar o doente para a operação... enfim amaciar os caminhos. Invadem-nos a carne e a alma Para nos domesticarem Para nos humilharem Para nos destruírem Para nos ferirem De morte lenta Para triunfo e glória Do seu egoísmo canibal. Afinal... Quando venceremos a tirania?!...

Nos anos cinquenta, foi publicado um livro: O despertar dos mágicos. De quando em vez é reeditado. Desaparece logo do mercado. No entanto... foi percursor do que nos está a acontecer. Na última visita papal ao Brasil, Francisco apelou aos jovens para serem revolucionários e combaterem sem tréguas toda esta política de radicalização materialista que vai retirando os direitos humanos a todos os Povos. Há novos e melhores caminhos para o progresso da Humanidade. E esta tem que ser vista como um todo : a aldeia humana que voga numa gota de universo e que... se não arrepiar caminho... torna insustentável a vida humana e planetária. Este poder que se julga eterno e capaz de tudo subjugar... só é forte se permanecer a covardia colectiva do nosso e de todos os Povos. Por isso é que este poder porfia na estupidificação colectiva através do consumismo levado a todos os extremos e paradoxos. Por isso é que todas as programações de lazer e de divulgação das televisões espalham a pimbalhada como grande cultura... imagine-se... popular. Por isso é que as telenovelas proliferam no imaginário quotidiano. Por isso é que o futebol domina as conversas de café e de trabalho e de... o desporto é muito mais do que o futebol onde as máfias do capital ganham e engrossam raízes. Ser civilizado implica grande cultura e saber e tolerância. Mas não pode significar que se aceite e se conviva com os venenos que matam e asfixiam a democracia e o bem estar dos Povos. Os totalitarismos só nos podem afogar. Nunca... nunca nos salvarão.

Nos últimos dias... após a remodelação... subiram os tiques totalitários e fascizantes de Passos Coelho e restante mandaretes que o acompanham. A ministra das finanças diz que não mente... mistifica... o que é ainda mais venenoso e pérfido. Toda esta gente está postada a cumprir com os ditames internacionais que tem feito de Portugal a cobaia por excelência do tal Estado Empresarial que pretendem. Ou seja: as regras são ditadas pelos interesses do grande capital. E que se desenganem os micro empresários que estão de novo a proliferar e que tão bem têm sido elogiados por este poder: eles serão sacrificados logo que  esta política se considere vitoriosa. Porque na sua lógica... as grandes massas são para escravizar e anular qualquer sintoma de rebelião.


Há que resistir com as forças que nos restam e derrotar e derrubar esta governação e  esta ideologia que... a coberto do neo-liberalismo... é... neo-fascista... neo-nazi... gostemos ou não das palavras teremos que encarar a realidade: ou os derrotamos agora ou... seremos reduzidos ao miserabilismo dos escravos robotizados. Até das sementes de tudo o que temos na Natureza eles querem ser donos. Não se esqueçam as palavras do Papa Francisco: sejemos revolucionários e derrotemos este materialismo que nos impede de ser humanos e pacíficos e cultos e progressivos. Haja luz em todos os crâneos e vontade firme nos nossos quotidianos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

248 - Agora estou cansado. Sento-me no jardim da noite. Beboi a lua soberana. Plena de luz. Caminheira de todas as peregrinações. Tudo me anda arredado. A ausência tornou-se açoite. A presença, raiana. Os dias, bordado a ponto cruz. As horas, simples alucinações. Deveria partir. Para a concha do mar. Esquecer-me de tudo e... RIR. Respirar o tempo e cantar. Falta-me poder para tanto. E acabo prisioneiro do espanto!... Tudo isto porque: Os Estados abarrotam de mentiras. E quando uma ministra diz que não mente, ou goza com toda a gente ou não entende que a sua verdade Não é a realidade de toda a gente. Seja como for ou seja quem for, Estas governações Vivem ao arrepio das Nações. E não merecem qualquer tipo de crédito. Este sistema ocidental Está decrépito Tem um mero valor pontual. A vida humana e não só Vai ter que encontrar um outro olhar. Até lá... é um desfazer que vai doer E muito Ao amanhecer!... Até porque: a estupidez e a cretinice Sempre foram duas irmãs Obstinadas A viver no e do poder Dos que finjem ser democráticos Mas nunca podem perder um único momento Em que Vibrantes de pensamento Dão uma de... salvadores erráticos. São os que da traição fizeram a salvação nacional E como se deram mal Agora querem uma União Nacional Com toda a gente Com todos os credos Com todas as maneiras... enfim, com a indigente Travessa dos Medos A escorregar poor entre dedos Que não estão para brincadeiras!... Marcelismo salazarento à espera de voltar... Carregar num autoclismo e descarregar Todo esta poeirento profissionalismo de enganar.
           Tenho medo de não ter tempo Para tanto que me falta escrever E pintar E tentar Dar a conhecer Uma das portas Para um novo amanhecer!... Tenho medo de não ter seiva Para tudo que me falta desenhar A cores ou sem elas E navegar Num mar de estrelas Com asas a sombrear!... Nos corredores dos meus silêncios Não vejo as cores Das ausências Sinto apenas o trinar Dos pássaros viajantes Depois dos gatos interrogantes Me olharem. Pararam os moinhos de vento E a fome de tudo e de nada Anda a monte E sei Que este é o momento De uma nova estrada Profunda alvorada Para o Mundo Que de imundo se quer de alma lavada!...
           Quando tudo nos afoga Num País de rastos Há que dedilhar Novas canções Novos ritmos e melodias Novas emoções Como o mar imenso De onde vai sair Livro a descobrir Um mundo intenso Nova alma e sentir Novo pensar E o País a continuar Será o tempo novo Mais a jeito do Povo que não vai nem pode aceitar Novos mandarins Viciados na traição ou na tentação De ter melhores jardins E pôr o Povo em submissão Que o tempo é de escolher Entre vida e morte Entre ser ou não ser E ter... um pouco mais de sorte!... Até porque: Há toda uma foz Em delta aluvial Neste rio de coincidências Em que fomos confrontados Comn séries de acidentes ferroviários e rodoviários Com mortos e feridos e salvados. Espantamo-nos com tanta dor. Nunca pensamos Nunca interrogamos Se tudo isto não é um aviso Para moderarmos Toda esta sociedade Que nos empobrece Na carne e na alma Entre ritmos infernais De trabalho e competições tão sérias quanto banais e nos tornam esquecidos do céu azul E dos Universos que respiram Para lá do que somos. Olhar o mar e saber que há muito por descobrir No que julgamos já todo conhecido É o sorriso invulgar Da liberdade!...
           Mesmo quando tudo nos parece condenado e irremediado, há que dar as mãos e acreditar que há mudanças que teremos que fazer para podermos sobreviver enquanto Povo e País e Nação. O último ataque à Administração Pública é a tentativa de arrasamento do Estado Social para que se erga o Estado Empresarial e os Povos sejam, de vez, escorraçados para uma escravatura de pobreza material e imaterial. Há que resistir e desgastar e derrotar e derrubar toda esta pseudo marcha triunfal dos que traiem e roubam e servem-se do bem público para sua própria glória. Há esperança... assim queiramos dar-lhe vida e carne e, já agora, um novo tempo em que os Povos sejam donos, de facto e de direito, dos seus destinos. A liberdade anda por aí. Não a queiramos clandestina!...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

247 - Nos últimos dias, urge uma resposta dirtecta à Presidência da República e ao suposto primeiro ministro: Quando os pântanos se instalam O sistema apodrece De tudo o que fazem exalam Um resplendor que fenece.---- Palavras de um velho sábio Que dizia ser urgente Drenar os pântanos E fazer crescer Uma nova paiusagem Que desse mais pura aragem A tudo oi que sustentra a vida. Viva e decente Abraçoi e asa Para toda a gente Que muito morreu Na velha estrada apodrecida. Aos que no pântano viam Vida Gloriosa Com segurança para predadores O velho sábio dizia Que a paisagem Poderia ficar furiosa Congregar toda a Natureza Para os expulsar E oiutro tempo instalar!... Também: As crises transtornam todasa as geografias Mesmo as íntimas dos seres humanos. E se por vezes geram uniões Na m,aior parte produzem desuniões. Os silêncios são fartos As paciências ralas Os amores evaporam-se Os mutismos proliferam. Daí às loucuras... são passos de pardal. Urge acabar com as crises. Apenas se formos capazes De destruir egoísmos perversos Ambições inconfessáveis Empobrecimentos infindáveis E os Povos escolher5em Filhos verdadeiros Para os defenderem E não os eternos coveiros De todos os sonhos!...

           Depois disto, dizer que, ainda hoje, os jornais noticiam quanto uns seis senhores, banqueiros e donos de hiper mercados, ganharam com o último discurso ao País de Cavaco Silva: pudera, já o tínhamos dito: só não queriam eleições antecipadas já, os que tinham negócios a correr ou em vias de os fazer. A bolsa, dá a resposta e confirma o que dissémos. O filho do gasolineiro de Boliq1ueime deveria ter vergonha do que está a fazer ao País e ao seu próprio Povo. É por estas e outras razões, que esta gente não nos merece qualquer respeito. Ninguém, neste País, poderá respeitar quem está a soldo do capital internacional e o serve ao ponto de ser carrasco do seu próprio Povo. É por estas razões que os Povos se afastam dos partidos políticos e se coloca em risco as democracias. E se Agosto e seguintes vão ser meses de grande desespero mas, também, de luta para grande parte do Povo, urge pensar o que espera a Europa de um País à beira de umn ataque de nervos?!... Haja luz no horizonte.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

246 - Se as esteiras voltam à praia Certo seja haver veraneantes Com gostos diferenciados E mais naturalistas. E haverá trabalho para artesãos Que já terão perdido as chaves do Céu. Talvez por isto seja urgente Instalar o serviço de reanimação Em todas as aldeias Que já perderam O cheiro das pessoas. Coitadas!... Estão já em pele e osso E olham os tempos Com toda a ruga Dos que estão Prestes a Perder a noção Do sol e da lua. As cidades acabam por ser Trituradoras de nacionalidades E de todos os imbecis Que nada sabem de Liberdades!...

A perversidade dos tempos Alastra e revela-se no seu melhor: Ataque total ao mais vulnerável cidadão. Não basta um governo em desnorte Nem uma presidência de País cheia de dislates de mau porte. O terrorismo económico. A sobranceria com que se ataca a liberdade alheia. Chega ao cúmulo de se privar de sinal televisivo global todo um Concelho. Meo e Zon em guerra aberta? O fascismo está a lançar raíz de novo no seio do povo? Basta a falta de respeito de um qualquer vizinho Que por sistema bate com a sua porta ao entrar e ao sair Criando rebuliço em todo o seu redor. Percebe-se então Como tudo anda em contramão Nesta suposta Democracia. E não  faltam espiões de vigia!...

Alvíssaras para quem consiga substituir a cleptocracia por todo um novo sistema político e filosófico de PAZ.
Sistema em que o respeito por todo e cada ser seja real. Em que a consciência profunda do que é a vida seja efectiva. Em que a liberdade de cada saiba respeitar a do semelhante. Em que o colectivo é a razão do individual. Em que o bem público se sobrepõe ao bem casual. Em que nada ou alguém pode ser vítima de racismo: social, religioso, étnico, cor de pele, económico ou outro. Em que o valor intrínseco de cada ser Reside na razão directa da sua capacidade para ajudar a criar felicidade e tolerância e bondade. Em que o crime é doença infecto-contagiosa e, como tal, é tratado. Enfim, em que nada possa ser marginalizado, porque tudo é fruto da criação, isto é, da vida que nos ultrapassa e define.

Se as amoras dos velhos silvedos ainda resistem Poderemos sentir Que um novo porvir É possível Na lâmpada que cada ser É e transporta. Os estádios da sacanagem costumam ser prolongados Mas... quando poluem a aragem Sabem que estão condenados. Deixemos fluir o tempo. As pétalas Das lágrimas dos silêncios Guardiãs de todas as dores Hão-de acenar aos Universos E reaver todos os versos Do primogénito instante Que revelam a maravilha Da inocência Que nos há-de purificar Desta maldosa fealdade que fervilha Nesta indecência que tudo quer matar Em nome da majestade Que morre de insolvência Como qualquer banalidade!...

O Mundo nunca será melhor enquanto soldados de ocupação prenderem uma criança de cinco anos que terá atirado uma pedra a um carro militar e vá buscar o pai e lhe vandam olhos e interroguem aos dois e venha um qualquer general dizer que não deveriam ter feito isso frente a câmaras de filmar. Na ausência delas já o poderiam ter feito? Já se esqueceram do holocausto? Não sabem o que é perdão e convivência com outros povos? Não são especiais. São o pior do que somos enquanto humanos.

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

245 - Estupefacção!... eis a palavra certa para apodar o último discurso de Cavaco Silva à Nação. Não apenas acrescentou mais uma crise às crises existentes, como deu nota, ampla e profunda, de um estar pouco democrático. Precisamente porque, olhando para a Assembleia da República, só considera três partidos ( CDS, PSD e PS) como passíveis de ser chamados, responsabilizados ou eleitos como gestores de um Povo que só pode votar quando ele, Presidente, entender que é a hora certa e, já agora, escolham de entre os seus três partidos ( embora até desdenhe do PS), ou seja a direita. Para filho de gasolineiro, nada mal. Parece, também, não gostar do presente governo. Tão só porque se armaram em betinhos birrentos e malcriados. Porém, mantém-no enquanto não conseguir impôr o que lhe aprouver. Lateral e convergentemente, a direita não quer eleições antecipadas já, por mor dos interesses económicos e financeiros em curso e porque não foi concluída a destruição do Estado Social, De Direito, enfim, não há ainda a segurança de uma elite rapinadora e cleptónoma de tudo o que é pertença de um Povo que, entretanto, se vê afundado na crescente escravização absoluta e o mais amordaçado possível.

O País é bom e lindo para se viver. É. Precisa-se de deixar o Povo ser Povo, isto é, corpo colectivo que exerce e aprofunda a sua vida, com mais de oito séculos de história. Precisa-se que os agentes políticos, sirvam a causa pública e não se sirvam dela. Precisa-se de que todos quantos votaram ou pertencem a partidos que se empoleiraram na governação e, disfuncionais, mal barataram o bem público, roubando, mentindo, mistificando, alienando soberania, enfim, espezinhando o seu próprio Povo, tenham vergonha de a eles, de algum modo, estarem ligados. Precisa-se de limpar o País de toda a tanga de cânticos de sereia ou de ameaças de apocalipses se não seguirmos os ditames desta máfia que nos coube em sorte. Precisa-se de dar voz ao Povo.  Quem tem medo do Povo? Precisa-se de deixarmos de ser homenzinhos e mulherzinhas, eternos mal amados e coitadinhos de tudo e sermos, de vez, Homens e Mulheres capazes de reconhecer quais os agentes políticos que nos defendem de facto e nos devolvam os mecanismos que nos levem a produzir, a pagar os nossos compromissos mas, sobretudo, a viver como seres humanos que somos.

Já é tempo de bater o pé a quem nos quer cilindrar enquanto Povo e País e aos seus agentes internos e externos. Não podemos consensualizar com quem nos trama. Não podemos perdoar a quem nos trai. Democracia? Sim. Sempre. Mas do Povo e para o Povo, nunca para criminosos e traidores.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

244- Parece haver uma recauchutagem em curso, no que diz respeito ao governo. Porém... será que, vinho novo em odre velho dará algo diferente de vinagre? Gaspar, quando se demitiu, escreveu que a política seguida tinha sido um desastre ou um falhanço. Recomendou ... continuar na mesma. Puro cinismo? Talvez. Portas disse que seria dissimulação se permanecesse no governo: ao permanecer o que é? Coelho está nas mãos de Portas e de Cavaco? Sem dúvida. Então para que serve? Primeiro Ministro de faz de conta? Se tudo isto não é loucura pura... a direita está agarrada ao poder: como sempre: os interesses  e o medo de ser varrida do mapa da preponderância...Eleições antecipadas só não servem aos que sobrepõem os seus próprios interesses ( pessoais e partidários) aos do seu Povo e País. E é neste pormenor que tudo se joga. Os portugueses deveriam ter maior fibra e não abandonarem as ruas com a exigência de eleições já ? Obviamente que sim. Mas o medo, a miséria, a crescente austeridade recessiva que nos está a amputar a liberdade, tudo junto dá um caldo  que nos poderá sair muito caro a todos. Só uma frente de esquerda, inclusiva de todos os movimentos cívicos, poderá travar a nova etapa de luta contra tudo e todos que nos atacam a nosso dignidade de pessoas e de Povo. Sindicatos incluídos. Se isto não ocorrer... não se queixem dos clamores fúnebres que nos ornamentarão os dias. E não digam que as culpas são da Europa ou da Troika: são de quem se prestou ao jogo da venda do ser português, de quem sempre mais traíu do que serviu, dos que se serviram da coisa pública e nunca a serviram. Apesar do calor estival, iremos ter muito calor político e social. Conseguiremos derrotar estes facínoras que subvertem tudo o que de positivo a política contém? Esperemos que sim. Vamos em frente.

terça-feira, 2 de julho de 2013

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243 - De peripécia em peripécia, chegou-se à greve geral e... à demissão do Gaspar das Finanças. Se o governo não está ferido de morte... claro, a direita segura-se ao poder por todos os meios porque está em curso um dos mais hediondos crimes contra  as democracias e a humanidade: retirar o máximo dos direitos aos povos e fazer do capital o senhor imperial de todos os governos. Fascismo de novo tipo? Declaradamente. Se assim não fosse, não tinha o inefável Coelho e quem o acolita, pespegado no novo Códice de Trabalho para o pessoal em funções públicas, o estatuto disciplinar fascista que Salazar tinha por bíblia para a sua manietada função pública e que os governos democráticos não souberam ou quiseram anular de vez ( embora não o aplicassem). Estes, ressuscitam-no. Para além disto muitas são as medidas que visam a diminuição salarial em curso ( a OCDE pensa que baixar o salário mínimo é bom para Portugal e a UE que baixar os salários da FP também o será) sem que ninguém se questione o que irá acontecer à privada se tal exemplo for implementado. Fazer com que todos os banqueiros, gestores e políticos criminosos ( abotoaram-se e usaram e abusaram dos dinheiros e bens públicos a seu belo prazer ) vão a Tribunal e paguem pelo que fizeram, não. Repor a produção nacional de bens alimentares, desenvolver a pesca de forma sustentada, o turismo em todas as vertentes o que inclui respeito e dinamização da área cultural em todas as suas formas, reativar a produção naval, ferroviária, recuperar o degradado das zonas históricas das cidades e vilas e aldeias, saber tirar partido do turismo interno e externo, enfim concretizar acordos bilaterais com todos os povos de molde a desenvolver-se de forma sustentada o nosso e enveredar, de uma vez por todas, por um caminho de Paz, enquanto cultura social, política, científica e cultural, parece ser coisa bizarra. Estamos nas mãos de oportunistas, patos bravos e mafiosos.Admiram-se alguns de haver um crescente divórcio entre o Povo e os Partidos? Então, pensem: se os da direita provaram ser traidores de um Povo sob todas as fórmulas e formas o que inclui enriquecimento ilícito, os da esquerda brigam para ver quem é o campeão da verdade que cada um apregoa mas pouco ou nada fazem para se aliarem e incluírem todos os outros movimentos cívicos que querem lutar contra esta derrapagem histórica que nos tem assolado como cobaia do que pretendem estender ao resto da Europa e do Mundo. O problema é que a paciência começa a esgotar-se no cidadão. E a fome, a doença e o crime primário aumentam na proporção do aprofundamento da crise que o governo vai decretando. Estamos em cima de um barril de pólvora. Esperemos que, entre todos, consigamos dar o devido destino a toda esta camarilha que já nada respeita e tudo tenta ferir de morte certa.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

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241 - Neste final de Maio, véspera do dia mundial da Criança, convirá, Alice, olhar para o estado em que se encontra Portugal. Estamos, também, em vésperas de conhecer o OGE rectificativo para o corrente ano. E de mais um aprofundar da ofensiva contra Os funcionários públicos e reformados/pensionistas. E da maior descaracterização da democracia vigente. Passos e Gaspar já quase não escondem os tiques de aprendizes de ditadores.  Trabalha-se para a convergência das forças sindicais e políticas que se opõem ao rumo que este governo nos quer impor. Ainda ontem, Passos Coelho atacava uma vez mais o Tribunal Constitucional considerando-o responsável pela austeridade que quer aprofundar. Não restem dúvidas: Quando um primeiro ministro de um sistema democrática tal faz, a máscara de democrata está prestes a cair-lhe. Este senhor não respeita as regras democráticas, este senhor, se puder e lhe derem tempo para tanto, rumará para a ditadura. É a sua forma de estar na vida. De profissional de competência duvidosa e muito apto à espertice dos que realizam jogos para saciarem ambições e ganâncias que não têm razão de ser se pensarmos, claro, no bem comum. Seja como for, esta direita está desejosa de colocar as pessoas em situação de escravos. Subserviente do capital apátrida, não se consideram Povo. Gaspar disse há dias no Parlamento: em grandes crises quem as paga, são os povos. Não os mandantes. Os servos, claro. Não podemos continuar a suportar tais humilhações. Temos que reagir e em luta sem quartel. A próxima será a greve geral. Em junho. Teremos que apelar a tudo e a todos para aderirem. Só o Povo levantado pode destituir um governo. E, como dizia o António Aleixo: Vós que de lá do vosso Império Prometeis um Mundo Novo Calai-vos que pode  o povo Querer um mundo Novo a sério. Toca de arregaçar as mangas e dizer a mensagem ao ouvido de cada um do nosso semelhante.

terça-feira, 21 de maio de 2013

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241 - Ah, Alice, se o teu País das Maravilhas já foi para as calendas, assistimos agora, ao ataque sem precedentes contra o Estado de Direito e, por conseguinte, ao Estado Social. É o póprio Regime Democrático que está em causa. Os sistemáticos ataques aos que trabalham na Administração Pública, Central, Regional e Local, encobrem um maior ataque à dignidade  de todo um Povo, de toda uma Nação e, até, a toda uma cultura. Só descansam quando conseguirem arrasar tudo e todos? E... depois? Julgam reconstruir ? Ou apenas integrarem-nos num outro qualquer contexto? O Povo fica, inerte, pasmado e emlouquecido a assistir? O derrube e a criminalização desta gente, urge. São traidores de tudo. A Humilhação que nos estão a destinar só pode ter uma resposta: a extirpação desta gente, governo e grupos económico-financeiros que lhes estão por suporte. O voto é a arma mais eficaz que o Povo tem em seu poder. Com ele pode determinar se quer gente que lhe dê mais garantias de o servir e mandar às urtigas quem se tem dele servido. E todas as eleições, autárquicas, UE, parlamento ou Presidência da República, são importantes e integrantes do mesmo fim. Urge a revolta dos escravizados contra os que querem escravizar. E se olharmos para a UE ainda melhor se entendem estes pressupostos. Seja a guerra norte-sul, seja a germanização crescente do espaço europeu, seja a perca de soberania que a todos querem impôr. Se a Europa quer ser um corpo único terá que tratar a todos os seus povos de modo similar e equitativo. Nada pode ser conseguido a favor de um ou uns e a servidão do restante. Seja como for, a nível Mundial, a crise aponta para uma mudança de pressupostos que levará o futuro a algo de muito diferenciado do que hoje existe. O problema é: a favor ou contra os povos. Para ser a favor terá que haver uma maior unidade de esquerda ( por contraponto da direita) ou seja, do progresso contra o retrocesso conservador que tudo tenta para vencer. E só com as forças do progresso é que se reequilibrará o eco-sistema tão ameaçado ele está. Com isso, é a nossa sobrevivência humana e planetária que está em causa. Por outro lado, as sociedades futuras, para serem melhores, não poderão ter o materialismo como rei e senhor. A arte e a cultura terão que ser centrais do indivíduo e do colectivo. De contrário, espera-nos a ´barbárie. Que ninguém deseja, pensamos. Ah, Alice, tudo é difícilç neste mundo de loucura à solta. Porém, a esperança é a última a morrer, diz o Povo. Vamos dar a volta por cima? Esperemos que nos aumente a consciência cívica e a lucidez.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

240 - Depois dos cravos e a caminho do 1º de Maio, depois de todas as peripécias falantes do Governo, do Presidente da República e do PS, a que se juntam todos os apelos ao consenso, depois das declarações de Durão Barroso e do mal estar da Merkl, só podemos dizer o seguinte: basta de se ser servil ante os que não têm pudor em desvirtuar a democracia e só conhecem a ambição desmedida que empobrece irremediavelmente os Povos. Aos que, cá por casa apelam a consensos, temos que lhes dizer: não há consensos com os que os querem apenas para mutilarem o seu próprio Povo de todos os direitos sociais, laborais e de cidadania, condenando-o ao empobrecimento galopante. Não pode haver consenso com quem até agora só teve arrogância e imperativos e escolheu o caminho da traição e do afrontamento como forma de destruir o Portugal de Abril. Ao PS, deveremos dizer que o futuro imediato passa por duas coisas: mudança de políticas e unidade à esquerda. Já é tempo de se largar preconceitos que só nos trouxeram derivas direitistas e que nos têm apenas afundado. Terá que haver rigor e transparências efectivas e terminar com todas as prosmiscuidades entre o mundo político e o mundo económico-financeiro, a começar pelos snrs. deputados que o devem ser a tempo inteiro e não serem firmas de assessoria governamental ou comentadores de estranhos objectivos. Ao Presidente da República: se ainda resta algum pudor em Belém, demita-se o governo, dissolva-se a Assembleia da República, marque-se eleições para que o Povo diga de sua justiça e, no fim, demita-se também e que haja nova escolha que nos traga alguém que defenda de facto a Constituição e deixe de beneficiar os que só se servem do Povo e da coisa pública e não os servem. Para Durão Barroso: a Europa está na raia da implosão muito por força das políticas germanófilas que nos têm sido impostas com a desculpa da crise. Ou se inverte de vez este caminho ou  o conflito fratricida estará na agenda do futuro próximo. Desbaratou-se todo o espírito europeu e criaram-se assimetrias que tudo desfiguram. Neste momento, a Europa pouca moral tem para dizer seja o que for na arena mundial. Promoveu todas as formas de exploração do ser humano que a envergonham e negam os ideais democráticos. Não há espaço para experimentalismos sociais, muito menos de índole tecnocrata e neo-liberal mais ou menos radicalizados. O desastre de tudo isto, se não formos capazes de inverter este ciclo, será de proporções inauditas. Para a Europa e para o Mundo. A Paz tem que ser de facto um modelo de sociedade, de cultura, de filosofia assumida e de recusa total de todos os extremismos que negam os direitos mais elementares ao ser humano. Se o não fizermos, seremos réus da Vida.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Impressões digitais de um estranho País(cont.)

239 - Neste início da Primavera, o céu carrega-se de chuva que vai ensopando os terrenos. Por outros lados é a neve e o frio. Noutros, as convulsões sociais, avolumam-se. Chipre: a ambição teutónica e o servilismo junto com a inabilidade política de gente que é tecnocrata, não apenas diminuiu e muito a confiança na banca como fez alastrar esta desconfiança a toda a Europa. Em Portugal, já se fala de, em vez de um corte de mais 4 mil milhões de euros, cinco mil milhões. Vai-se destruir a administração pública, mesmo que se venha a recorrer ao trabalho precário de jovens licenciados ( convidados a receber pouco e a fazer todo o tipo de trabalho). Mas, para lá desta, atacando o poder local e diminuindo-lhe os trabalhadores, dá-se uma machadada na democracia social, já de si bem enfraquecida com os recentes dislates. Por outro lado, destróiem-se vidas que veem desmoronar toda o equilíbrio dos seus quotidianos. Os crimes desta gente, são gritantes. Como se já tudo isto fosse pouco ainda nos aparece o Sócrates como papagaio e aplanador de caminho para um hipotético futuro bloco central para substituir a actual corja. Não são mais do que traições sistemáticas a Portugal e aos portugueses para benefício de uns quantos que de tudo só veem a ambição das suas contas bancárias. Recuperar o Estado Social? Cimentar a Democracia Social? São conceitos que não colhem simpatias em toda uma gente que, para além de ignorante, tem pouco de democrata e um pavor de ser Povo. Ambições e competições, são as grandes linhas dos seus caminhos. Dizem que a Páscoa é tempo de renovação. Oxalá que se faça luz em todas as cabeças. O Povo tem uma arma nas mãos para usar a breve trecho. Se cimentar mais do mesmo, mesmo que se arraste numa miséria em crescendo, não se pode queixar. Esta malta tudo fará para deletar em definitivo o 25 de Abril e a Constituição actual, para poderem engordar. Pelo meio, há todo um cortejo de gente cativa de ignorâncias várias que acredita em contos do vigário, mesmo que avisados sistematicamente. São os que dizem ter esperança... não num estado social mas em... lucros fáceis e rápidos. A vigarice está no topo e não se cança de se multiplicar. Veremos como se desenrola o cortejo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

238 - A convulsão político-social alastra pela Europa e, por cá, também. O novo Papa, Francisco de seu nome, inspirou-se em Francisco de Assis que, para ele, é o homem da pobreza, da paz, o homem que ama e protege a criação, com a qual temos hoje uma relação que não é tão boa e sublinha que deseja uma igraja pobre e para os pobres. Interessante, numa igreja que há mais de um milénio tinha o monopólio papal europeu e que, agora, o perde para o Sul. Pode acontecer que haja maior inspiração para a área política. Esta, com austeridades somadas a troikas e dívidas soberanas que têm que pagar, têm retirado capacidade de intervenção política às sociedades a que pertencem. Além de tentarem que os seus concidadãos paguem os roubos que fizeram aos erários públicos que era suposto gerirem para o bem comum, deixam substituir a política pela economia que, sistematicamente, erra nos números que apresenta. Por detrás disto tudo, há um credo, uma teoria economicista que quer assumir a verdade dogmática que anula o político. Pobre Mundo: do dogma teocrático passou para o dogma tecnocrata. Por isto, descobriram mais uma armadilha: foi no Chipre: dez por cento dos depósitos acima dos cem mil euros. Confisco puro e duro. Se o nosso Gaspar se lembra!... Por estas e por outras, as políticas europeias terão que ser modificadas. Acabar de vez com esta promiscuidade co-governativa entre a banca e o poder político. E a todos os que afirmam não haver alternativa, há que lhes lembrar que estão a ser permissivos com a chegada de uma ditadura.Ultimamente, têm-nos dito que é urgente um novo 25 de Abril. Respondemos. Sim, é urgente, porém... o primeiro foi-nos ofertado de bandeja pelos militares. O segundo terá que ser realizado por nós. Como? Pelo voto, além de todas as demais formas de intervenção da cidadania. Aproximam-se as eleições autárquicas, parlamentares ( de onde sairá o novo governo), europeias ( de onde sairá o novo equilíbrio europeu) e presidenciais. Assim sendo, será muito estúpido que um Povo volte a votar nos que lhes deram cabo da vida e do País. Não ir votar é traição a si próprio e ao seu Povo. Logo, há que votar e fazer dele a arma possível para correr com toda esta cáfila de gente que nos traiu, roubou, vigarizou e tenta escravizar. Transformar a sociedade implicará, também, criar um novo sistema económico que sirva as pessoas e não, como hoje, se sirva das pessoas. Também, uma nova relação comercial que permita que todos os povos possam ter acesso aos bens essenciais. Pôr cobro ao luxo, ao egoísmo, à ambição sem lei, à agiotagem e a todo o tipo de chantagem. Aos que nos apregoam, hoje, que só com baixas de salários cada vez maiores é que se faz face aos desempregos, dizer que Portugal foi o primeiro País a acabar com a escravatura e, por tanto, não há mais lugar a mercados de escravos. Esta alta burguesia que só o é pelo servilismo de muitos, tem que perceber que o Mundo não gira à volta do seu umbigo, nem a vida existe apenas para si própria. A maior parte dela senão toda, assenta no roubo do seu semelhante e dos Países onde opera. São criminosos. E os políticos que as servem, são cúmplices e , portanto, criminosos também. Como tal, terão, mais tarde ou mais cedo, que pagar pelos seus crimes até porque têm posto a vida em risco. Sobretudo a humana. Para tudo isto, terá que haver uma verdadeira unidade de esquerda. Para lá da vontade dos partidos. Os Povos exigem-na, por contraponto a todos estes dislates das direitas instituídas e bem acobertadas pelo músculo policial e militar. Para tanto, terá que haver maior abertura de portas de diálogo. Ninguém é dono de verdades absolutas.Há que saber aceitar as diferenças e potenciar tudo o que nos une para bem dos Povos que somos. Toda a área economico-financeira de hoje, é criminosa. Tudo inventa para sugar os Estados e nunca pagar o que lhes é devido. A sua deificação não pode continuar sob pena de matarmos a vida humana. Toda a transformação que se impõe, tem que ver com a Paz enquanto cultura e sistema político-social. E nela se integra tudo o que chamamos de ecologia e bio-diversidade. Por outro lado, convirá não esquecer que, sem cultura, enquanto saber e atitude criativa, as sociedades humanas não progridem. Não basta pedir aos cidadãos que ajudem com qualquer coisinha quando os governos tudo roube e tudo nega aos mesmos. Um Estado de direito vê na Cultura, na Educação, na Formação, na Saúde e na protecção social, um direito e um dever. Ao negar tudo isto, nega-se a si próprio e fomenta o músculo para vincar o divórcio entre a governação e os Povos. Por isto, sempre dissémos: esta corja que nos tem governado tem horror de ser Povo, apesar dele ter saído e com ele se ter formado. Já é tempo de todos acordarmos. Não se podem tolerar mais cortes seja em funcionários ou trabalhadores, público-privados, seja em direitos sociais, seja em salários. Há pois que tomarmos uma atitude e que seja consequente e lapidar.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Impressões Digitais de um estranho País (cont.)

237 - O quotidiano português e, de certa forma, europeu, está a virar-se do avesso. Alice, anda zonza de todo. Há um processo ultra-neo-liberal em curso. Dirigido por toda uma chusma de gente que, para lá do que se prova ou não prova nos tribunais ( quem tem dinheiro ou influências tudo parece conseguir), toda a gente sabe que não são probos, nem honestos, nem têm qualquer pingo de cidadania. O que lhes interessa é o lucro pelo lucro e sabem ser criteriosos servos do grande capital. A banca, soma e segue desonestidades gritantes. E, como diz Ricardo Araújo Pereira, se as empresas portuguesas fossem bancos, estavam a salvo de falências ( honestas ou desonestas). O contribuinte era sempre chamado a salvá-las. É esta banca e quem a dirige que, cada vez mais tem arrogância suficiente para galopar o costado do Zé Portuga com toda a arrogância e cinismo de assassinos da liberdade.A maior parte dos políticos do PSD são criminosos de delito comum. Há dúvidas? É só ver as respectivas folhas de serviços. Agora, até se leva para o governo um ex-administrador do BPN. Banco que é a maior fraude de todos os tempos praticada em Portugal. É com esta gente que se pretende construir futuros? Quanto às esquerdas políticas desta País: ou convergem entre si para que se defina um caminho comum que atire esta ditreita para o lixo da História e se recomponha o País social e solidário, produtivo e progressivo que merecemos ser ou, então, digam adeus ao sorriso. Estamos todos a ser convidados a ser sem-abrigo?! estamos todos a ser convidados a ser servos de uma qualquer hedionda ditadura que se perfila no horizonte. Todos os cidadãos estão a ser convocados para esclarecerem, de uma vez por todas, o que querem para Portugal: um futuro risonho ou um funeral colectivo. Desdenha-se da cultura, desdenha-se da formação de cidadãos, desdenha-se da investigação científica, desdenha-se da dignidade de cada um dos cidadãos, desdenha-se dos direitos humanos, desdenha-se do que significa pagar impostos e ter acesso a bens sociais. Todo o nosso dinheiro está a ser hipotecado ao egoísmo do grande capital. Destrói-se toda a produção e a que vai resistindo, cada vez mais, tem dificuldades porque falha a diplomacia económica. Até porque assenta no canto do cisne do que no renascer da fénix. Há que dizer quanto mais se vai aguentar toda esta canalha. Será que temos País daqui a dez anos? Alice emudece e fica com ar de alheamento. As dores já são tantas que se fica insensível a todas as misérias. Reagir? Enquanto há forças. De contrário...seremos cúmplices da nossa própria destruição. Esperemos que Alice venha mais risonha da próxima vez.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

236 - Para início de ano, o discurso do cardeal de Lisboa, a que se junta o do Presidente da República, não está nada mal: o primeiro, insiste no aumento do conservadorismo e pouco se agasta com as políticas desumanas que o governo produz. O segundo, esquecendo que é economista, que foi 1º ministro, que jurou respeitar a Constituição, que devia já ter dado vários murros na mesa contra os desmandos governamentais, vem tentar ficar bem na foto mas... porque não se criminaliza quem procedeu aos desvios dos descontos dos trabalhadores para a segurança social e cga e vem dizer que tudo está periclitante?! Os fundamentalkismos financeiros têm destruído este País. Já não é tempo de lutar contra os que atacam todo um Povo? O contrato com a Troika amarra-nos a uma dívida que está sempre a crescer. Não é de rever?
As estórias que os nossos políticos (os que têm exercido o poder) nos têm contado, não são a maior fraude de todos os tempos? Combater a fraude: então, meus senhores, para quando dizer aos bancos a quem temos dado dinheiro, que somos donos de pleno direito dos mesmos e não os acionistas privadois que só têm beneficiado com os lucros que, se não fosse a solidariedade estatal nunca os teriam e já estariam todos na miséria?! Quanto à saúde do SNS: parem com as demagogias. Fumar dá despesa? E o dobro que o Estado ganha com tal? A prevenção é urgente. De há muito que se sabe. Investir na medicina preventiva deveria ser um desígnio de qualquer poder. Mas... e os lobys dos que comandam a medicina curativa, ou seja, a que lhes dá os lucros inconfessáveis? Mesmo para haver medicina preventiva, não se pode destruir o poder de compra das famílias, dos cidadãos. Ao fazê-lo estamos a onerar os custos imediatos e futuros com a saúde. Será que os iluminados deste governo não o sabem? Claro que sabem e, porque fazem o contrário, são criminosos. Cavaco Silva não quer crise política mas... como se melhora políticas sem que se mudem visões e actores? A resposta do governo ao Presidente foi decretar os doze dias de indmnização por despedimento para já, mesmo rasgando o que teria contratualizado com a concertação social. Aliás: o governo e um partido que se afirmaram muito confortáveis com a promulgação do orçamento e muito desagradados com o pedido de fiscalização preventiva que o presidente irá solicitar ao TC. Esta direita ainda não percebeu que ao dar cabo do seu próprio povo está a incorrer em crime de lesa pátria? Mesmo os actuais aumentos da luz, gaz, combustiveis e outros: pensam ter maiores lucros? De imediato, talvez. E depois? Mas os negócios governamentais mistificaram realidades e privatizaram o que não deviam e com expectativas que nada têm a ver com a realidade. Fraude em cima de fraude. É o País que noscabe? Nunca. É altura dos verdadeiros portugueses tratarem de limpar o País desta escumalha que mais não são do que vigaristas e deslumbrados. Um País a sério nunca os teria permitido como gente de bem porque o não são. Esperemos que o bom senso impere cá e na UE que não pode insistir na germanização da Europa pensando que gera algo de melhor. Só ao pior do capitalismo tal política serve. Tudo o mais é demagogia suicida.