quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

234 - Tolhida pelo frio, Alice surge com ganas de espatifar tudo e mais alguma coisa. Ela acha que as declarações do chefe da Troika são insultuosas. E tem razão. Dizer que o dinheiro emprestado a Portugal é muito barato é um insulto: então e os juros negativos que a Alemanha paga?... dizer que as pensões e reformas em Portugal são muito altas, é outro insulto. As dos snrs.políticos e certos altos dignitários que se souberam acolher no beiral do Estado quando, muitas vezes, nem o tempo total de uma vida contributiva fizeram, vá que não vá. Generalizar, dá azo a que o idioma dos nossos políticos desta direita sem pudor, moral ou ética, tente baixar os valores da maioria que, por acaso, para lá de contribuir durante toda uma vida de trabalho, ganhou pouco e, ainda por cima, vê, os que ainda estão no activo e no passivo, diminuidas e congeladas as respectivas reytribuições. Este senhor e demais serventuários do Capital mistificam para atingir apenas um objectivo: destruir o que resta de uma Europa ( Portugal incluído) Social e impôr um regime que, de democrático nada tem e apenas visa brutalizar a exploração do humano pelo humano de molde a que a maioria não seja mais do que um exército de escravos. Sendo o dito natural da Etiópia, ainda mais nos arrepia. Em todo o lado existe uma raça de gente que na serventia do Capital se vê realizada.Por isso é que o nosso Gaspar foi elogiado por esse senhor e pelo patrão alemão ( ministro das finanças da snrª Merkl). O OGE para 2013 é um aborto total e ataca a soberania nacional e a dignidade de todos os cidadãos, para além de ser uma arma mportífera contra a democracia. Não é apenas o mundo do Trabalho que está a ser atacado. É o País no seu todo. Querem privatizar o máximo da Saúde: as USF são empresas e os utentes são, pasme-se, clientes. Para a Segurança Social, há clientes, produtos e áreas de negócio. Para a Educação, também se prevê algo idêntico. E já agora, na Justiça  e... os quatro pilares da democracia social estão a ser corroídos. Já para não falar nas investidas pseudo-federativas de Durão Barroso que apenas visa criar uma Europa imperial e neo-colonial, desfazendo de vez os conceitos de Nação, Povo e Cultura, Soberania e Diversidade, Solidariedade e Progresso, temos os cenários necessários à " revolução" neo-liberal e tecnocrata que a estupidez humana pariu, convencida de que subjugar é o verbo da sobrevivência planetária. Por estas e outras é que todos teremos que dizer Não a todas estas diatribes e não nos cançarmos de dizer NÃO até que esta gente seja derrotada e levada à justiça. Porque são criminosos de alto coturno. Basta um olhar atento para as suas vidas e negócios privados, percebemos do que são capazes na vida pública. Eles são o rosto da bárbarie dos novos tempos. Não querem  mais do que o enfraquecimento dos Povos. Por isto é que quanto mais empobrecido Portugal estiver, maior será o elogio de cumprimento de metas desta dacroniana receita da Troika. Já o dissémos e repetimos: estamos a ser a cobaia da Europa. Quem tiver dúvidas, atente no que está a ser receitado à vizinha Espanha e perceberão. E podem multiplicar para o resto. A destruição do tecido produtivo e de serviços interno e a transformação do País numa colossal oficina e armazém das Multinacionais que, entretanto, delapidam e sacam o que ainda se possa ter de minérios e outras mais valias naturais. Com isenções fiscais. De não esquecer que as indmnizações por despedimento ainda estão caras e os horários de trabalho ainda não são os de escravos, diz a Troika, claro. Agora, implemente-se as quarenta horas de trabalho e, de seguida, ainda havemos de ter as quarenta e oito. Pelo meio, vão-se dando uns rebuçados às forças de segurança e do exército, inventar um certo terrorismo caseiro que ainda não há terreno apto para a musculação total do regime que eles pretendem. Qualquer semelhança com um novo tipo de ditadura pseudo democrática é pura semelhança. Alertem-se: estão a matar o Portugal democrático, social e de progresso que o Abril dos cravos tinha prenunciado. Revisitem-se as diversas traições que inúmeros actores e actrizes políticos bem desenvolveram ao longo destes últimos anos e entenderão que esta direita ( independentemente do nome dos partidos) é criminosa e traidora de Portugal. A História um dia há-de retratá-los como merecem.
A nós, o Povo, resta dar-lhes a réplica que estão a pedir como pão para a boca. Assim tenhamos forças e unidade para tanto!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

233 - Acordemos: Alice e eu próprio estamos despertos. Convém para quem tem que andar neste estranho País. A dona Merkl veio ver os " saldos" e confirmar a austeridade que lhe é tão cara. Estranho é que um governo aposte no mesmo e se comporte, como alguém o disse, como o carro em contra-mão no meio de uma auto-estrada e crê que vai em condução certa. O actual OGE é a sentença de morte para um País que sempre foi débil. Há que saber dar as mãos, não importa o que de errado possa ter sido feito, importa é querer abrir as portas a novas madrugadas. Terão que ser construídas por todos nós. Só depois de levarmos à justiça os que hoje, mau grado terem sido eleitos, tudo têm traído e teimam persistir na sua traição ao Povo, à Democracia e ao próprio País. Insiste-se: investiguem as suas vidas e os seus percursos. Encontrarão mais lama do que pensam. E escusam de pedir a benção da Igraja católica. Ela só a dará na medida exacta dos seus interesses terreais. Alienar tudo o que ainda vale algo ao investidor estrangeiro é condenar todo um Povo ao neo-colonialismo capitalista. Em nome de um prato de lentilhas? A greve geral de 14 de Novembro é mais uma etapa de protesto. Não vai chegar nem vai evitar a sanha destruidora destes senhores(as). CDS e PSD são réus da maior das traições: contra o próprio País. PS : os que defendem manter um memorando que já foi deturpado e refeito várias vezes e teimar estar com umpé dentro da direita e outro fora, não leva a lado nenhum. Urge defenir-se: ou se junta aos traidores ou sejunta aos que querem abrir novas madrugadas.Mesmo nestes, há que dizer: não há hegemonias para ninguém. A salvação terá que ser colectiva e realizada pelo colectivo do Povo, do País. E se este Natal se anuncia de dureza, imagine-se o que será Janeiro e o resto do próximo ano e seguintes. Queremos ser indigentes? Queremos ser escravos? Queremos ver o nosso País e a nossa cultura reduzida a estilhaços? Se não... empurremos esta corja de gente para a barra da justiça e de modo que ninguém mais ouse achincalhar todo um Povo. Defendamos a Liberdade. Defendamos o progresso. Defendamos a Democracia. Defendamos um mundo novo a sério.