segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

253- Pouco a pouco a palavra mingua Torna-se diferente da mesma que ouvimos Quando ainda víamos magia na Lua E a sentíamos mais do que ora sentimos. Pouco a pouco a palavra não fica Não cria raízes na alma de nós Torna-se um som que a poeira debica Pássaro ladrão da velha voz. Pouco a pouco a palavra se deforma Mal escrita Mal ouvida Mal dita A gramática é volúvel na norma E ningém liga a errs de escrita. Pouco a pouco a palavra se deslaça O léxico é curto e pragmático O som que a fazia viva já não enlaça E tudo o mais é fogo errático.
        Por estas e outras razões, estamos a persistirna ilusão da armadilha. No Pontal, um pseudo político que, por acaso, é primeiro ministro,insistiu na mesma receita de austeridade apesar de todos os especialistas, nacionais e internacionais já terem chegado à brilhante conclusão de que não passa de um mero caminho para a desgraça. Depois, acusosu a Constituição, o TC, os parceiros europeus e a possível contestação social, de serem hipotéticos inimigos da sua teimosia e, claro, de enegrecerem a luz que ele diz que leva na mão. Confessou, pelo meio, que "estavam quase a chegar ao objectivo". Quem? Qual?.... ele e aqueles que nele se reveem porque, prepotentes, ambiciosos, amorais,mistificadores e sabotadores da humanidade.São os que acham que a ditadura, mesmo trravestida de democracia, é a única terra fértil para os seus objectivos. E estes, são, obviamente, acabar de vez com o Estado Social e erguer o Estado Empresarial, ou seja, capitalismo selvagem e escravização de tudo e de todos à tripa forra. São todos os que acham que o Mundo só existe para os servir. São a refinação da zé-espertice que desde os anos oitenta tem campeado por cá e tanto que foi subindo de tom e de massa e o resultado está à vista.
           Por isto é que perder caminhos e voltar às veredas, só porque alguns semearam adversidade... é como combater o fogo e ser abatido por labaredas sem nunca deixar a tenacidade. Todo e qualquer negócio de risco ( esta político é o que é) quase sempre vira tóxico. Arte de enganar o não interrogador que se esquece de que o Tempo é um óxido E tuydo corrói para ser o único vencedor. De não esquecer: as cilaDAS MAIORES SÃO AS QUE SAIEM DE SIMPÁTICOS BEM FALANTES fRIOS OPORTUNISTAS QUE GOSTAM DE SER ESTRELAS pARA MELHOR SUGAREM OS EXPECTANTES.O traidor já se fez passar por bemfeitor e acaba sempre como deus caído. Pelo meio há sempre quem o veja como o melhor quando todos sabem que ele foi sempre um vendido a todos os desígnios do capital, logo, do anti-humanismo. Urge pensar e agir antes que a madrugada se torne em ocaso.

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