segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

232 - Estamos em tempo do cair das máscaras. Passos Coelho vem declarar que não quer renegociar o programa de reajustamento com a Troika mas... refundá-lo. Para tanto quer o concurso de todos os que o negociaram ou que o assinaram. Ao mesmo tempo quer não adiar mais uma profunda reforma do Estado. É caso para perguntar: houve alguma reforma? Que se saiba o que houve foram cortes e abates de serviços, de vencimentos, de direitos, de pessoas. Quanto à refundação: o acordo com a Troika teve alguma fundação? Que se saiba o que a Troika pretende é mais e mais austeridade mesmo que o Povo seja ou esteja como já está... exaurido de tudo. "Ninguém na Europa fez tantas reformas ao nível da economia como nós"", proclama o inefável ministro da economia. Arrisca-se a ser a anedota do ano. Todos os analistas, sobre o próximo OGE dizem: 2013 é o ano do desastre total ou da colonização profunda da UE, leia-se, Alemanha. Seja como for: vamos pôr fim a clientelismos? Vamos manter serventias sem nexo, como as opíparas acessorias? Vamos exaurir por completo o tecido social? Vamos continuar a vender o melhor da nossa economia aos estrangeiros? O Ensino Superior já anunciou que a manterem-se os cortes anunciados, vão haver cortes em professores, em cadeiras, em investigadores, já se fala em cem, desligar aquecimentos, Nuno Crato no seu melhor. Dignificar de uma vez por todas as funções públicas dos que são mesmo necessários à economia real, enfim os trabalhadores e os cidadãos em geral, será apenas uma miragem? O ministro da economia, por exemplo, já conseguiu pôr em causa o funcionamento da cogeneração ( meio alternativo de gerar energia e, assim, diminuir a dependência energética do exterior). Querem a reforma estatal concluída até 2014: pudera, em 2015 são as eleições legislativas e não querem perder a oportunidade de aterrar o País e o sistema democrático e social que a Constiotuição ainda garante e, por tal, querem amarrar o PS a tal desígnio. De contrário... será que vão avançar declarar ilegal tudo quanto se oponha à destruição que querem prosseguir? Não são traidores da Pátria? Não são anti-democráticos? É por estas e outras que as eleições antecipadas e consequente queda do governo seriam o escape democrático e a total condenação do actual modelo de austeridade que está a colonizar e a escravizar todo um País com mais de oitocentos séculos de história. Neste momento o País está a ser esvaziado do melhor do seu capital humano. Para proveito de países como a Alemanha, a Inglaterra, entre muitos outros. Um País em que o Estado paga mais hoje pelo ensino secundário do que pelo superior,o que mostra o esforço das famílias. E, já agora, porque não dotar a Democracia dos valores éticos e morais que lhe são próprios? Estes senhores, com Relvas, Coelho e Gaspar à cabeça, sucumbiriam de vez. Por tudo isto recordemos uma frase de Thomas Carlyle ( sec. 18 e 19) historiador e pensador britânico: de qualquer tipo que seja a probreza, ela não é a causa da imoralidade mas... o seu efeito". Há pois que pôr cobro a tudo isto. Custe o que custar há que não desarmar da luta consequente que está na ordem de todos os dias e apelar, em todos os momentos, há consciência cívica de cada um de nós, para, apesar de todos os sacrifícios, derrotar esta gente que nos humilha e empobrece em cada dia em que respiram e são meros serventuários dos que querem fazer regredir o Mundo para os tempos da miséria total e obscena. De 31 de Outubro, doze de Novembro até à GREVE GERAL de 14 de Novembro, avançar e, depois, permanecer em guarda e contra- atacar, democraticamente falando, para escorraçar de vez todos quantos nos traiem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Impressões digitais de um estranho País(cont.)

231 - Alice continua descoroçoada com o rumo do quotidiano português. Não vale a pena, digo-lhe, ficares com rosto de dia de borrasca. Ou, todos juntos, conseguimos mudar esta política e remeter os seus actores e autores para o caixote de lixo da História, ou eles darão cabo de tudo. Como não atingem as metas que pretendem, só têm uma receita: cortar em tudo o que é do Povo que trabalha e sofre os seus desmandos. Eles, têm que ser salvaguardados. Chega-se ao cúmulo de reforçar verbas para a caridade institucionalizada. Então... e criar condições para que se crie trabalho e as pessoas possam recuperar a sua dignidade? Agora, até a igreja católica se mostra ofendida com um ataque informático ao site do patriarcado. E diz que os portugueses entenderam mal o que o cardeal Policarpo disse quando opinou que as manifestações ou, até, uma revolução nada mudaria no sistema actual. A resignação sempre foi uma mesinha que o catolicismo sempre utilizou. Denunciar os desmandos do poder existente... é mais difícil. Salvaguardem-se as vozes que, também no seu seio, vêm a terreiro denunciar e insurgir-se contra o poder. Já é tempo da hierarquia eclesial católica acordar para os tempos que vão correndo. Claramente: estão do lado dos que sofrem ou do lado dos que oprimem? A fé pode ser importante mas nenhuma teologia os salva da traição à própria fé quando se colocam do lado dos que oprimem os Povos. E Portugal está já a ultrapassar o limite do possível. A governação está de joelhos e aceita , sem questionar, a colonização pura e dura do capital.Todos os dias humilha o trabalho e corta as possibilidades dos que tentam apontar novos e mais sérios caminhos para salvaguardar o País e o Povo. Todos os dias a actual governação trai a Pátria e a sua história de mais de oitocentos anos. Todos os dias se multiplicam as carências sociais e os empobrecidos e os miseráveis e...engordam, obscenamente, os detentores da riqueza ( nacionais e internacionais). Já agora, não se esqueça, snr. Cardeal Policarpo de cumprimentar a "imperatriz" alemã. Ela vem visitar a colónia que decretou. E depois diga que é uma questão de fé. Seja como for: as lutas dos trabalhadores e do Povo em geral estão em cima da mesa. É urgente reformular ideias: Estado é o conjunto dos cidadãos. Quando se diz que o Estado não é pessoa de bem, cometemos um grave erro: quem não é pessoa de bem são os gestores do Estado. Os representantes escolhidos pelo Povo. E se este se enganou ou foi enganado, tem o direito de correr com quem o traiu ou com quem lhe malbaratou a vida. Os subsídios de desemprego, de doença, os abonos familiares, até o RSI, não são benesses. São o direito de quem descontou ou desconta para que tal aconteça. Tal e qual como com o SNS ou a Educação Pública. Aliás, se não fosse esta última, muitos dos que hoje traiem o País e o espoliam de tudo, não teriam chegado aos postos cimeiros onde o acaso os levou. E avançamos para a greve geral. Arma maior do Povo que sofre. E muitos já começam a pensar em avançar para os tribunais com queixas crime contra os governantes que tudo querem cortar e deixar toda a gente a definhar até à morte final. É tempo de todos, sem excepção dizermos BASTA a toda esta política de capitulação total ante o capital que encontrou em Portugal e em alguns dos portugueses excelentes alunos, óptimos serventuários ( para não dizer lacaios) e a melhor cobaia para experimentar o modo de abater a Europa Social, Democrática e pluricultural. Urge reforçar a consciência cívica de todos e mudar esta política que nos esgana a vida presente e futura.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

230 - Farmacêuticos, proprietários e trabalhadores da restauração, estivadores, rodoviários, funcionários públicos centrais e autárquicos, jovens formados a nível profissional e universitário, professores, enfermeiros, militares e polícias, entre todos os outros, activos e reformados, tudo está num sufoco: o País já não aguenta mais austeridade. Estamos a comprometer o real dos nossos dias e... o futuro de todo um País que já mais se assemelha a uma colónia e, como todas as colónias, escravizado e nas mãos do estrangeiro, seja ele qual for. Basta que olhemos para quem detém ou vai deter os capitais das empresas, sejam elas comarciais, industriais, informação ou culturais. Por falar em cultura: quando não há din heiro para a sobrevivência, também não o haverá para a cultura. E se um País, um Povo, não tem acesso à informação credível e a actos culturais que o façam avaliar e lhe formem a crítica positiva, como poderá progredir? Rejeita-se a saudade de um País a sério. Queremos construí-lo e nunca anulá-lo. A direita e o centro direita j´+a deram o que tinham a dar. Agora, é tempo de o Povo con vocar a esquerda para que, consequente e responsavelmente, conduza o País para uma verdadeira democracia em que o Povo seja, de facto soberano e se levem a tribunal todos os responsáveis pelos desmandos economicistas e de mero lucro que tiveram e que criaram toda a crise que se vive. Cá e na Europa. Aliás, façam o que fizerem, a Europa está no dilema: ou escolhe defender e projectar todos os seus Povos para uma democracia séria e progressiva, logo, social, ou implodirá. Não dá para mais brincadeiras nem jogos de poder. A Alemanha não é nem nunca poderá ser dona e senhora da Europa. Não há espaço para novos impérios. Todo o ideário liberal ou neo-liberal que conduziu à ditadura dos mercados e das bolsas especulativas, está a trazer-nos o caos. Novas escravaturas? Cremos bem que não. Basta de toda esta conspiração contra os Povos. O planeta é uma aldeia a girar no espaço bio-cósmico. A sustentabilidade ecológica exige a sustentabilidade humana. As grandes fortunas têm que aprender que têm que acorrer à fome e à miséria que geraram. Ninguém é don o de nada. Todos somos usufruidores de tudo. De forma razoável e sustentável. Cá por casa: os jovens assistentes do governo terão que aprender a humildade de perceber que, para lá do que possam ter conseguido a nível académico, nada sabem da vida e que, antes de serem especialistas ( de coisa nenhuma) terão que viver a vida em todas as suas formas e fórmulas. Só depois poderão opinar. Até lá, o emprego que detêm, além de ser transitório, é a maior falácia que lhes foi dada. Eles não são culpados da vaidade que lhes injectaram. Criminosos são os que os contratualizaram e lhes fizeram crer que eram especiais. Nunca se esqueçam que já Patxi Andion cantava no século passado que esta burguesia era o excremento da civilização. De facto, se já foi revolucionária, tornou-se, com o decorrer dos tempos, na coisa mais exacrável. Precisamente por se ter deixado acorrentar ao pior da coisa humana: a predação do seu semelhante, ou seja, canibal pela via económica e social.A evolução tende para o melhor, nunca para o pior. Se escolhe esta última via, adoeca e faz perigar todo o plano bio-cósmico. E isto, a lei da Vida não consente e, tarde ou cedo, se fará pagar. Porém, os Povos não podem ser castigados pelos desmandos de meia dúzia dos seus semelhantes. Todos os tiranos ou tiranetes foram castigados pelos tempos. Aos actuais, o tempo esgota-se. A confluência das lutas sociais que, da Europa, estão a surgir é a prova disso. A esperança está no horizonte, apesar da via dolorosa que ainda todos teremos que cumprir. Prossigamos na estrada da denúncia e da verdade e da razão. Os Povos têm direito a ser felizes, vivendo.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

229
 - A elite europeia e cá do burgo, anda aflita: e se tudo isto descamba em explosão social?!... Como não podia deixar de ser, a Igreja Católica veio a terreiro dizer que as manifestações ou até uma revolução nada adiantaria ao presente estado de coisas. Cerejeira não faria melhor.Policarpo tinha que o fazer. Da mesma igreja que declara que não pagará o IMI. As outras confissões religiosas também podem tomar a mesma posição e, já agora, os cidadãos. E, já agora as peregrinações a Fátima também valem algo? O cardeal acaba como todos os outros: isto está mal... explorem mas de mansinho... os pobres e os empobrecidos que paguem todos os desmandos. Os outros, que se lixem. Paguem e não bufem. Não gritem, não se manifestem... sejam cordeiros prontos para a matança. Nem sequer percebem que o País, a Nação, está em perigo? Que a total colonmização está em marcha... porque virá a Merckl com um séquito de empresários? Só pode ser por solidariedade. Palavra de honra, esta gente, crentes ou não, teme a explosão social porque sabem que tudo o que fazem ou que apoiam está a transformar-se na maior traição ao Povo que são ( mas que não gostam de ser) e que já não conseguem disfarçar o ataque  feroz à dignidade individual e de um Povo que acaba por significar crime de lesa Pátria. O recente prémio Nobel da Paz atribuido à UE significa o receio da implosão da mesma se persistir na política liderada pela Alemanha e que visa apenas consolidar o poder dos mais fortes sobre tudo o resto. Estamos de facto ante uma equação difícil de resolver, a não ser que os Povos ( o nosso incluido) derrubem toda esta gente e optem por políticas sociais até porque... as políticas são para servir as pessoas e não o contrário. Quando elas atacam os seus próprios povos, diz a História, tarde ou cedo se derrubam os tiranos ou tiranetes que a levam à prática.Há pois que prosseguir com as manifestações e outras formas de protesto até que esta gente desapareça e pague pelos crimes que vão cometendo. E quando Vítor Gaspar vem dizer que está a retribuir ao País o que o País gastou com a sua formação, é caso para perguntar: então porque não taxa o capital em vez de taxar os cidadãos? A sua obrigação é desenvolver o País e permitir que os seus concidadãos tenham uma vida digna. O que tem feito é retribuir com crime o que lhe foi dado com dignidade e consciência.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

228 - Eis-nos chegados ao limite da decência: esta governação não só nos desgoverna como ataca a dignidade pessoal e do País. Já é tempo de nos lembrarmos de que nem só de doutorecos vive o mundo. Que especialistas com menos de quarenta anos não existem. Que toda esta gente não passa de mafiosos  e de criminosos que nunca quiseram o bem do seu semelhante, muito menos de um País que querem vender a retalho. Agora até há quem afirme que um País não precisa de ter um benco público. Se agora querem  privatizar a CGD porque não, a seguir, o Banco de Portugal? Nada respeitam. Direitos de quem trabalha? O que é isso? Na velha Suméria, três mil anos antes de Cristo, já o povo dava uma grossa fatia do seu trabalho para que uma elite vivesse à grande e sem custos. Pelo contrário, avalizavam os negócios públicos e ficavam com as mais valias. Não é o que esta gente deseja? A Europa Social não pode subsistir para tais necrófagos. Convencidos de que sobrevivem? Já é tempo de todos devolvermos o governo ao Povo e pormos esta gente na cadeia e sujeita a trabalhos forçados. Toda a sua fortuna é fruto de rapina e delapidação do bem público. Transformaram os bancos e financeiras em meros instrumentos da agiotice de que vivem. Se a cinco de Outubro a bandeira nacional foi hasteada de pernas para o ar, não há dúvida de que correspondeu ao estado do País. Todos nós somos responsáveis por termos dado crédito a tais marginais.Investiguem-lhes as vidas e ficarão de boca aberta. A única coisa de que são exímios é a de parir bosta.Bem falantes, tartufos,agiotas e assaltantes da alma e da vida alheia.Eis a nata dos tempos que correm.Quanto à Alemanha e à União dita europeia, quando acordarem só verão explosão social. As direitas só contribuíram para o arrasamento social. Mesmo na nossa história: todos os reis que se aliaram às elites dominantes tiveram todos um triste fim. Se o Povo é quem mais ordena, haverá que Acordar e derrotar toda esta política e devolver a governação ao Povo. Tudo o resto é fantasia. Mais: a administração pública central e local, está em vias de colapso total. Para todos os que opinam contra a Função Pública, há que dizer: os serviços que um Estado deve prestar ao seu Povo se o não fizer, isso será feito pela privada e, depois, não se queixem. Os impostos que todos pagam servem para quê? Enriquecer os chulos dos Estados? O grande capital que é apátrida? É isto o que muitos opinadores querem? Onde fica o Povo a que, por acaso, também pertencem, embora, inconfessadamente, o não queiram. Quem não percebe os crimes de lesa Pátria que esta gente tem vindo a cometer desde que tomou posse, ou é da mesma fibra ou, então, troca os vês pelos bês. Convirá que parem para pensar e não se precipitem com preconceitos que nada mais são do que preconceitos. Até lá, não esqueçam que vem aí uma greve geral como luta séria contra quem está a atraiçoar um País e um Povo.