quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

181 - Há reestruturações e reestrutorações: o chamado livro verde ( conhecíamos o do Kadafi)para a "revolução" autárquica deixa muito a desejar.Nomeadamente o que concerne ao reforço do poder dos presidentes de Câmara.Ou nos enganamos muito ou está-se ante a semeadura de caciques tipo Jardim. A diminuição de vereadores, aparentemente até pode ter lógica...mas... a pluralidade democrática fica onde? Tudo isto levanta uma questão de fundo: com o liberalismo (sec.XVIII) os estrangeirados ( vulgo: portugueses emigrados e que voltam e tentam modernizar o País) deram cabo deste Portugal. Agora... os mesmos estramgeirados correm risco idêntico. Têm a noção do País que existe? Onde há a consciência cívica e democrática profundas? Basta ouvir o chefe da CIP para se entender o fosso:mesmo aceitando dar formação nunca garantirão emprego aos formandos.Na mira apenas a baixa do TSU ou ( porque não?) o seu desaparecimento da agenda dos patrões?! Os empregados ou trabalhadores que paguem tudo: reformas... despedimentos... subsídios sociais... saúde... transportes...educação... e que trabalhem o máximo de horas possíveis e impossíveis sendo certo que as mais valias são para suas excelências que até gostam de pôr o dinheiro deles nos off-shores.Discursos de inovação e de qualidade... são meros discursos. Na prática... a propósito: porque não se investigam as vidas ricas dos que compram vivendas de super luxo nos Algarve e ainda recebem bónus de carros de topo de gama? Porque não se oneram as grandes fortunas? Aposta-se em onerar sempre os que não podem fugir de nada? Fortes com os fracos e fracos com os fortes? Até na revolução da Saúde: se cada um dos utentes das aldeias fosse familiar do snr. Ministro... assim... não se tem em conta acessibilidades... isolamentos... envelhecimentos...nada. Importa é cortar e mostrar obra feita em matéria de redução de custos. Quanto ao resto: sendo certo que assistentes operacionais e técnicos estão na mira dos abates... vamos assistir aos técnicos superiores( sejam eles médicos ou professores ou engenheiros entre outros) a limparem os seus lugares de trabalho ou a ter vigilância sobre a miudagem que estuda ou a cumprir com todas as tarefas necessárias ao normal funcionamento dos serviços? Em cada dia que passa vemos a marca de classe nas opções tomadas ou a tomar.A nível global... o capital está no auge do seu desenvolvimento: especulação económico-financeira. Depois... a História no-lo diz: implosão. Do sistema. Nova idade média? Porque não? Só há duas formas de fazer política: a favor ou contra os Povos. Escolham. Certo é que o próprio planeta já não aguenta com tanta diatribe do lucro.A maior miséria é a do espírito ou intelectual. E desta não faltam exemplos pelo mundo fora. Cá por casa... desde o inefável Relvas ao títere Passos...o arraial é impressionante.Para já não falar do inefável Viegas que aceita mandar para fora do Estado dois teatros nacionais.Escritor?Há artistas que não merecem tal cognome.São meros títeres do poder instalado.Cultura nunca foi a sua alma.Seja como for os dados estão lançados:o empobrecimento generalizado dos cidadãos e a esterilidade destas políticas que roubam esperança de mundos melhores a todos.A violência anda no ar...pode acontecer o impensável. O sistema ( mais ou menos Mundial) está a esboroar-se. Queiramos ou não.Mas nunca esqueçam que as agonias podem ser duras e prolongadas.Um pouco de sorriso pode ajudar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

180 - E o barril de pólvora em que alguns transformaram e insistem em transformar este multicentenário País Aumenta agora com a dívida escondida da gestão madeirense de Jardim e seus apaniguados: PSD no seu melhor.Fizeram obra social? De certo que sim. Concretizaram obra pública de monta? Obviamente que sim. Será que as empreitadas e concursos correlativos foram tão honestos e transparentes ( ou seja preço justo) como convém à gestão pública? Como se justifica esta ocultação deliberada da dívida? E como os credores( quem são?) se mantêm tão calados e felizes? O caciquismo levado ao extremo pelo desbragado Jardim tem dado maiorias sucessivas ao PSD mas...O REI VAI NÚ!...tal e qual como este novíssimo Passos Coelho: há que lhe dar os parabéns. No seu último périplo pela União Europeia mostrou-se exímio vendilhão do seu País. E aperalta-se todo a fazer pose de estadista. O problema é que ser bom aluno do que determina o Capital e os ditames direitistas desta actual capitania da União Europeia Não é Nem nunca foi Nem será hipóteses de vir a ser acto ou arte de grande estadista.Adicionemos a isto a insensibilidade pedagógica do professor Crato que até nem exita condenar à info-exclusão dos novos alunos neste ano da graça de 2011 é... no mínimo...surreal.Para já não do híper-surrealismo do eio escondido ministro da economia regressado do Canadá com áurea de estrela...salvadora.Valha-nos tanta arrogância e cinismo e hipocrisia nestes verdugos de Portugal. A troika quer mais sacríficios? Se já demos mais do que a conta Nada nos custa dar de novo o dobro ou o triplo para que o Capital não se zangue e... ao fim e ao cabo a culpa foi só do PS socratino. Foi? Então e todo o historial que vem desde os velhos tempos governativos de Cavaco Silva? Óbvio: o PS tem um problema de alma: descai facilmente para a direita e acabou de ser um bom aluno do capital. Agora quer mudar. Quer mesmo? As crises servem para todas as receitas e para todas as caldeiradas e golpes... de asa ou de ausência desta. Quando um governo se arroga o direito de cortar ou de minguar ou de eliminar direitos sociais e condenar à miséria ou ao miserabilismo a maior parte dos seus concidadãos teremos de admitir que estamos ante terrorismo político que visa...de facto... alterar o sistema e a sociedade mas...para algo de menor humanidade e potencializável de maior exploração do homem pelo homem. Dizem que temos que nos sacrificar para melhorar a pujança da Banca mas... esta cada vez mais ajuda manos o cidadão ou a pequena ou a média empresa.E já nem se fala na agiotagem que ela pratica quase a rivalizar com as chamadas Sociedades Financeiras que até apregoam ser energia para viver quando apenas distribuem energia para morrer. De novo o inefável Relvas congratula-se com a melhor e maior formação dos jovens o que permite exportar cérebros para o Mundo. Claro...pelo meio vem dizer que o País deverá utilizá-los melhor. Como? Não investindo no sector produtivo? Esmagando-os e aos demais cidadãos com proventos que mal dão para respirar?Além do mais nunca vimos um governo tão regozijante com tudo Quando já não temos independência ou soberania. Tudo foi hipotecado ao lucro ( de alguns) que nem sequer fica ou mora no País.

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

179 - Andamos todos assoberbados com as ondas de choque da sismologia relativa à crise económico-financeira. A Europa treme ante a derrocada grega ( cujo regabofe da direita respectiva foi apadrinhada pela Alemanha entre outros). Agora já começam a encarar a formulação dos Estados Unidos Europeus : A ideia federativa que sempre presidiu à ideia desta União mas que foi sempre adiada e silenciada e negada por medos e oportunismos vários. Pelo meio A direita caseira ou eurpopeia empenha-se em fortalecer a burocracia de Bruxelas Esmiufrando os bolsos ao cidadão enquanto lhe cerceiam direitos sociais que mais não são do que direitos humanos.Cá por casa Empertiga-se o nosso primeiro e a par do seu ideólogo de serviço o inefável Relvas Anuncia uma reforma total do Estado enquanto promete aquecimento para o inverno das Escolas sem o Ministério da Educação ( se o Ministério não paga Sempre haverá Autarquias ou Comissões de Pais ou Empresas Locais que se condoam e paguem as facturas energéticas) Mas nunca recuando na liberilazação das energias. Pelo meio promete reforçar a solidariedade social( leia-se caridade institucional: primeiro empobrece-se o cidadão Depois dá-se esmolas que temos que ganhar o céu). Ao mesmo tempo Degrada-se a Saúde e a Eduacação e a própria Segurança Social. A inefável descida da Txa Social Única: o maior desastre decisório segundo o economista José Gomes Ferreira ou não coloque em risco as reformas futuras. Mas há que encher os bolsos enquanto é tempo às seguradoras e à banca e ao capital sem rosto nem nação. Todos eles sabem que andam na azáfama de criar as auto-estradas e os TGV's de uma guerra generalizada neste planeta(ainda)azul. A ganância e a ambição não páram de parir crimes contra a Humanidade e a Natureza.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

178 - A esquerda abriu portas à Liberdade e aos direitos sociais. Pé ante pé O conservadorismo voltou Até que festejou o voto em massa que o Povo lhe dedicou. As crises são o fogo em que o Povo se queimou e a sela em que o conservadorismo sempre se sentou E cavalgou E cavalgou. "Tiram-nos da miséria e põem-nos a pedir": velho dito da rua que acabou cara e nua e crua. Das mil traições de quantos só foram de esquerda enquanto a conveniência existiu Fica-nos o sabor amargo.Logo que puderam Viraram conservadores Sem entenderem que Abrindo as portas aos velhos senhores Ficariam de fora porque eles não gostam de traidores embora e apenas os usem para alcançarem os seus desígnios. Assim: in-de-ci-fra-vel-men-te Todos os poderes se abatem sobre o que somos i-ne-xo-ra-vel-men-te!...Porque não haveremos de reagir i-nex-pli-ca-vel-men-te?... Só não teremos tempo in-du-bi-ta-vel-men-te Se desistirmos de ser gente!...
Por aniversário... ramos de chuva e a incerteza de tudo por sofá solitário. Se se senta Olha-se o horizonte e vislumbramos as lágrimas de Gaia ao pôr do sol. De manhã ela terá o rosto enxuto Olhando Duro O caminho Seixo que Correndo Abre um esteiro na água do lago. Resistir à destruição dos sorrisos ? De qualquer das formas É PRECISO.
Não há mais que um pouco de vento soprando Assobiando por entre as árvores e outros caminhos. As mantas não são linhos E os ventos vão ventiçando Ao arrepio da normalidade. Ameaçam-nos a dignidade e cantamos barcas Que ainda não zarparam Mas que não tarda Hão-de navegar contra os que nos ameaçam a Liberdade que mingua quando tudo se nos empobrece. Sentir o vento É ouvir o pensamento que nos engrandece quando nos levanta e ergue contra a desilusão e o terramoto de todas as traições.