sexta-feira, 31 de maio de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

241 - Neste final de Maio, véspera do dia mundial da Criança, convirá, Alice, olhar para o estado em que se encontra Portugal. Estamos, também, em vésperas de conhecer o OGE rectificativo para o corrente ano. E de mais um aprofundar da ofensiva contra Os funcionários públicos e reformados/pensionistas. E da maior descaracterização da democracia vigente. Passos e Gaspar já quase não escondem os tiques de aprendizes de ditadores.  Trabalha-se para a convergência das forças sindicais e políticas que se opõem ao rumo que este governo nos quer impor. Ainda ontem, Passos Coelho atacava uma vez mais o Tribunal Constitucional considerando-o responsável pela austeridade que quer aprofundar. Não restem dúvidas: Quando um primeiro ministro de um sistema democrática tal faz, a máscara de democrata está prestes a cair-lhe. Este senhor não respeita as regras democráticas, este senhor, se puder e lhe derem tempo para tanto, rumará para a ditadura. É a sua forma de estar na vida. De profissional de competência duvidosa e muito apto à espertice dos que realizam jogos para saciarem ambições e ganâncias que não têm razão de ser se pensarmos, claro, no bem comum. Seja como for, esta direita está desejosa de colocar as pessoas em situação de escravos. Subserviente do capital apátrida, não se consideram Povo. Gaspar disse há dias no Parlamento: em grandes crises quem as paga, são os povos. Não os mandantes. Os servos, claro. Não podemos continuar a suportar tais humilhações. Temos que reagir e em luta sem quartel. A próxima será a greve geral. Em junho. Teremos que apelar a tudo e a todos para aderirem. Só o Povo levantado pode destituir um governo. E, como dizia o António Aleixo: Vós que de lá do vosso Império Prometeis um Mundo Novo Calai-vos que pode  o povo Querer um mundo Novo a sério. Toca de arregaçar as mangas e dizer a mensagem ao ouvido de cada um do nosso semelhante.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

241 - Ah, Alice, se o teu País das Maravilhas já foi para as calendas, assistimos agora, ao ataque sem precedentes contra o Estado de Direito e, por conseguinte, ao Estado Social. É o póprio Regime Democrático que está em causa. Os sistemáticos ataques aos que trabalham na Administração Pública, Central, Regional e Local, encobrem um maior ataque à dignidade  de todo um Povo, de toda uma Nação e, até, a toda uma cultura. Só descansam quando conseguirem arrasar tudo e todos? E... depois? Julgam reconstruir ? Ou apenas integrarem-nos num outro qualquer contexto? O Povo fica, inerte, pasmado e emlouquecido a assistir? O derrube e a criminalização desta gente, urge. São traidores de tudo. A Humilhação que nos estão a destinar só pode ter uma resposta: a extirpação desta gente, governo e grupos económico-financeiros que lhes estão por suporte. O voto é a arma mais eficaz que o Povo tem em seu poder. Com ele pode determinar se quer gente que lhe dê mais garantias de o servir e mandar às urtigas quem se tem dele servido. E todas as eleições, autárquicas, UE, parlamento ou Presidência da República, são importantes e integrantes do mesmo fim. Urge a revolta dos escravizados contra os que querem escravizar. E se olharmos para a UE ainda melhor se entendem estes pressupostos. Seja a guerra norte-sul, seja a germanização crescente do espaço europeu, seja a perca de soberania que a todos querem impôr. Se a Europa quer ser um corpo único terá que tratar a todos os seus povos de modo similar e equitativo. Nada pode ser conseguido a favor de um ou uns e a servidão do restante. Seja como for, a nível Mundial, a crise aponta para uma mudança de pressupostos que levará o futuro a algo de muito diferenciado do que hoje existe. O problema é: a favor ou contra os povos. Para ser a favor terá que haver uma maior unidade de esquerda ( por contraponto da direita) ou seja, do progresso contra o retrocesso conservador que tudo tenta para vencer. E só com as forças do progresso é que se reequilibrará o eco-sistema tão ameaçado ele está. Com isso, é a nossa sobrevivência humana e planetária que está em causa. Por outro lado, as sociedades futuras, para serem melhores, não poderão ter o materialismo como rei e senhor. A arte e a cultura terão que ser centrais do indivíduo e do colectivo. De contrário, espera-nos a ´barbárie. Que ninguém deseja, pensamos. Ah, Alice, tudo é difícilç neste mundo de loucura à solta. Porém, a esperança é a última a morrer, diz o Povo. Vamos dar a volta por cima? Esperemos que nos aumente a consciência cívica e a lucidez.