segunda-feira, 8 de julho de 2013

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

244- Parece haver uma recauchutagem em curso, no que diz respeito ao governo. Porém... será que, vinho novo em odre velho dará algo diferente de vinagre? Gaspar, quando se demitiu, escreveu que a política seguida tinha sido um desastre ou um falhanço. Recomendou ... continuar na mesma. Puro cinismo? Talvez. Portas disse que seria dissimulação se permanecesse no governo: ao permanecer o que é? Coelho está nas mãos de Portas e de Cavaco? Sem dúvida. Então para que serve? Primeiro Ministro de faz de conta? Se tudo isto não é loucura pura... a direita está agarrada ao poder: como sempre: os interesses  e o medo de ser varrida do mapa da preponderância...Eleições antecipadas só não servem aos que sobrepõem os seus próprios interesses ( pessoais e partidários) aos do seu Povo e País. E é neste pormenor que tudo se joga. Os portugueses deveriam ter maior fibra e não abandonarem as ruas com a exigência de eleições já ? Obviamente que sim. Mas o medo, a miséria, a crescente austeridade recessiva que nos está a amputar a liberdade, tudo junto dá um caldo  que nos poderá sair muito caro a todos. Só uma frente de esquerda, inclusiva de todos os movimentos cívicos, poderá travar a nova etapa de luta contra tudo e todos que nos atacam a nosso dignidade de pessoas e de Povo. Sindicatos incluídos. Se isto não ocorrer... não se queixem dos clamores fúnebres que nos ornamentarão os dias. E não digam que as culpas são da Europa ou da Troika: são de quem se prestou ao jogo da venda do ser português, de quem sempre mais traíu do que serviu, dos que se serviram da coisa pública e nunca a serviram. Apesar do calor estival, iremos ter muito calor político e social. Conseguiremos derrotar estes facínoras que subvertem tudo o que de positivo a política contém? Esperemos que sim. Vamos em frente.

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