quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

236 - Para início de ano, o discurso do cardeal de Lisboa, a que se junta o do Presidente da República, não está nada mal: o primeiro, insiste no aumento do conservadorismo e pouco se agasta com as políticas desumanas que o governo produz. O segundo, esquecendo que é economista, que foi 1º ministro, que jurou respeitar a Constituição, que devia já ter dado vários murros na mesa contra os desmandos governamentais, vem tentar ficar bem na foto mas... porque não se criminaliza quem procedeu aos desvios dos descontos dos trabalhadores para a segurança social e cga e vem dizer que tudo está periclitante?! Os fundamentalkismos financeiros têm destruído este País. Já não é tempo de lutar contra os que atacam todo um Povo? O contrato com a Troika amarra-nos a uma dívida que está sempre a crescer. Não é de rever?
As estórias que os nossos políticos (os que têm exercido o poder) nos têm contado, não são a maior fraude de todos os tempos? Combater a fraude: então, meus senhores, para quando dizer aos bancos a quem temos dado dinheiro, que somos donos de pleno direito dos mesmos e não os acionistas privadois que só têm beneficiado com os lucros que, se não fosse a solidariedade estatal nunca os teriam e já estariam todos na miséria?! Quanto à saúde do SNS: parem com as demagogias. Fumar dá despesa? E o dobro que o Estado ganha com tal? A prevenção é urgente. De há muito que se sabe. Investir na medicina preventiva deveria ser um desígnio de qualquer poder. Mas... e os lobys dos que comandam a medicina curativa, ou seja, a que lhes dá os lucros inconfessáveis? Mesmo para haver medicina preventiva, não se pode destruir o poder de compra das famílias, dos cidadãos. Ao fazê-lo estamos a onerar os custos imediatos e futuros com a saúde. Será que os iluminados deste governo não o sabem? Claro que sabem e, porque fazem o contrário, são criminosos. Cavaco Silva não quer crise política mas... como se melhora políticas sem que se mudem visões e actores? A resposta do governo ao Presidente foi decretar os doze dias de indmnização por despedimento para já, mesmo rasgando o que teria contratualizado com a concertação social. Aliás: o governo e um partido que se afirmaram muito confortáveis com a promulgação do orçamento e muito desagradados com o pedido de fiscalização preventiva que o presidente irá solicitar ao TC. Esta direita ainda não percebeu que ao dar cabo do seu próprio povo está a incorrer em crime de lesa pátria? Mesmo os actuais aumentos da luz, gaz, combustiveis e outros: pensam ter maiores lucros? De imediato, talvez. E depois? Mas os negócios governamentais mistificaram realidades e privatizaram o que não deviam e com expectativas que nada têm a ver com a realidade. Fraude em cima de fraude. É o País que noscabe? Nunca. É altura dos verdadeiros portugueses tratarem de limpar o País desta escumalha que mais não são do que vigaristas e deslumbrados. Um País a sério nunca os teria permitido como gente de bem porque o não são. Esperemos que o bom senso impere cá e na UE que não pode insistir na germanização da Europa pensando que gera algo de melhor. Só ao pior do capitalismo tal política serve. Tudo o mais é demagogia suicida.