domingo, 10 de outubro de 2010

Impressões digitais de um estranho País (livro em construção) Comt.

50 - Pedem-nos Responsabilidade. Solidariedade. Cultura. E vai de roda. Diferentes. Amigos. Tolerantes. Há que dar a volta A tanto absurdo. E vai de roda. Correntes. Inimigos. Feirantes. Farsantes. Tudo o que vê milagres No cavalgar dos Povos Pede aos Povos O que lhe sacou.Para evitar naufrágios. Dizem com o ar mais beatífico possível. E vai de roda. E vira que vira e torna a virar E acaba tudo num grande Enormissimo malhão. Freme o coração Com tanto volteio De incerteza. E o mar Será esteio De futura riqueza ?!...

51 - Das escamas piscícolas Há quem faça flores. Das escamas sáurias Há quem faça sapatos malas cintos. Que faremos da pele hominídea Que os governos tanto se esmeram em tirar ?!...

52 - Chiu!... Nós os banqueiros Nós os economistas Nós os gestores Nós os que governamos o mundo Dos negócios Da política Das religiões Declaramos: Inventámos um mundo permissivo Demos uma espiral de fortuna A muitos E tudo isto acabou Teia-de-aranha Para quase todos. Chiu!... Agora Solicitamnos A vossa solidariedade Compreensão Resignação Para que useis a tanga No corpo e na vida E que muito bem vos fica Para que possamos endireitar Todo este caos Caldo suculento Dos ricos dos ricos E concerteza Que um dia destes Vos mostraremos Um mundo melhor O dos resplandecentes Sempre servidos Pelos baços-cinzentos. Crede: bom será para todos Que este seja o futuro De contrário Nada terá piada Como facilmente compreendereis !... Chiu!...

53 - Ah Como rolam Rebolam Nas suas ansiedades Os escaravelhos!... Como todos Os que pisam passeios Asfaltos Escadas De pedra madeira ou rolantes Por dentro do chão Por cima do solo Dentro e fora dos edifícios Longe e perto das nuvens Andam Param Correm Com fome e sem ela Absortos de fêmeas e de machos Crentes e descrentes De deuses e de santos Mendigos de tudo Pedintes de nada Mais governados do que Governadores Menos livres Mais escravos Das banmcas e dos patrões Plenos de raivas Com parcas chamas Para romper Com as cangas da Sereníssima Ordem Que os vampiros mantêm Para que não lhes seque O sangue vivo Das manadas. Ah O bom de ser escravo É admirar o seu senhor!...

54 - Amoreira Amor na eira Livro por abrir Ainda Que muito venha ferir Para florir Para sucumbir Para dormir Para sorrir Meu deus Como um adeus Bem visto é Um ir para deus Segundo o tear ancestral Que trabalha em Portugal Para que se não diga Que a voz amiga Pode também Ser inimiga Aqui e além Onde tudo se rediga.

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