segunda-feira, 9 de maio de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

161 - Após assalto militar Morreu Osama Bin Laden O profeta do califado global O príncipe do terror global...Uf!... exalou o último suspiro Muitos rejubilaram. Outroa disseram : cautela. Contudo Alice pensou: curiosamente os terroristas da economia Dos mercados Do social Da política contrária aos interesses dos Povos não só aplaudiram como até disseram:todo e qualquer terrorista que se lembre que nunca ficará impune. E eles? Acham-se impunes? Será que pensam Que o terrorismo capitalista Que vai desgraçando pessoas e estados E que os sustenta enquanto exímios actores de tal dramaturgo Vai ficar impune? Tudo isto tresanda a cinismo total. Os que julgam ordenar o Mundo de acordo com os seus exclusivos interesses Podem não perder a postura Mas sabem que têm os dias contados. Tanto faz ser agora ou mais logo. Sabem que um dia destes a roda da fortuna desanda e Vão crer-se injustiçados. Desde que não lhes retirem benefícios Eles só decretam austeridades para bem dos Povos. Vê-se logo. Importante é safar as bancas e os banqueiros. Que seria dos seus púlpitos de regedores se não fosse o vil metal que aqueles lhes garantem? Além dos paraísos fiscais onde arrecadam o que ganham e o que roubam e o que traficam. E Alice Perdido que foi o seu País das Maravilhas Sente-se cansada das estrelas. E nós? Cansamo-nos de quê? De levar trolha ou de aplaudir os farsantes da política? Quando escolheremos os políticos mais honestos? Quando faremos regressar o Povo ao poder efectivo? Temos medo... temos medos... De nós ou do que provocamos com as nossas bem-aventuradas covardias?

162 - Do catecismo da troika do FMI/UE Partimos para eleições:todos querem ser primeiro-ministros. Até quem fez o funeral da ruína que se lhe finou nos braços de tão desalentada que vinha dos outros que agora se mostram virgens puras de toda a mácula. Se a valsa da direita é comovente O tango da esquerda não deixa de ser divergente. Cada um com a sua bicicleta. Numa altura em que se deveriam unir esforços numa única frente para fazer face à tremenda musculatura do terrorismo capitalista a que a direita não deixará nunca de ser fiel guardiã e executora Nada melhor do que cada um lutar a solo. O Zé Povo olha Como Alice o tempo que passa. Alice deixa esvoaçar um pequeno postal onde anotou: Para governar um País há que ter alma de servidor e amar a sua história. Convirá ser honesto e tentar ser justo. Sobretudo saber que a política deve servir um Povo e nunca um Povo ser escravo ou escravizado por uma política. Quanto ao Zé Apenas quer que lhe suavizem o drácula da troika. Que lhe restituam a sua alegria de viver. A sua independência e que se unam Pelo menos os que afirmam ser seus melhores amigos Para que se corrijam todos os erros que levaram este território à falência quando tinha todas as condições para ser estável e digno e acolhedor e próspero. As auto-proclamadas elites que uma determinada burguesia diletante pariu Que não esqueçam que o que muito foi roubado a todo um Povo um dia terá que lhe ser restituído. Queiram ou não. Até lá entre murros e pontapés Esperemos que a esquerda ganhe juízo e se saiba unir para que o Zé não receie confiar-lhe o presente e o futuro.

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