terça-feira, 22 de março de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

152 - Dançar na copa das árvores Inventar cidades novas No olhar dos peixes Murmurejar novas línguas Nos ouvidos dos silêncios Será tecer novos linhos Nos velhos teares das manhãs. Galopar no dorso dos ventos Sorver o leite da vida Nos imaculados seios das águas É decidir entre o naufrágio e a madrugada No velho promontório do tempo.Improvisar serenatas aos corais Tocar piano nas dunas Aromatizar de sândalo as feridas Que a terra vai somando É adormecer exausto de sonhos Entre os lençóis dos calos. Ser guia-intérprete dos astros Em excursões culturais Ao âmago das almas Será soar como um violino No meio das orquídeas Que noivam o crâneo das baleias. No fundo de todos os lagos De todos os rios De todos os mares Ou apenas de uma lágrima Seremos um pouco do coração Um pouco da alegria Um pouco de Deus. Escrevemos coreografias dançantes Nos lajedos da ilusão Vemo-nos face a face com a Vida E dizemos morte Precisamente porque tememos a Vida.

153 - Estes belicistas são Pistoleiros mafiosos. Neutralizam armas de um qualquer ditador que massacra o seu Povo E não fazem o mesmo Quando um qualquer malabarista Empobrece e mata de desesperança o seu Povo?!... O papado e os reis Amaram os Templários Enquanto os julgaram úteis. Depois inventaram a Inquisição: os Templários acabaram nas santas fogueiras. Andamos a alimentar um imenso polvo Sem suspeitarmos que ele nos devorará?!... Os tempos enlouqueceram Nas ruas dos macacos.

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