sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Impressões digitais de um estranho País (cont.)

224 - Com Troika ou sem ela, os caminhos neo-liberais hão-de colocar o País a pão e água. O ataque ao sector público ganha novo fôlego. Seja nos meios televisivos, de rádio, correios, exército, forças de segurança, autarquias e tudo o mais. Fala-se em novo aumento do IVA. Talvez... os salários portugueses são os menores da Europa embora haja quem aufira salários dos maiores do Mundo. Ora... a estes é que deveriam cortar. Mas são eles que detêm a maquinaria dos vários poderes?!... que têm produzido? Recorde-se aquela frase do Brescht : o general ganhou a guerra mas... e os soldados? Há um novo caminho a percorrer. Os partidos que dizem defender os trabalhadores devem de assumir que querem ser governo e ter programa para o efeito. Sendo certo que nada será como foi, urge a reindustrialização. De novo tipo. Urge reinvestir na agricultura, na pecuária e na aquacultura. Urge reflorestar o País mas nunca torná-lo num mero oceano de eucaliptos. Urge reinvestir no turismo e na cultura. Urge reinvestir nas pessoas. Retirar direitos às pessoas que trabalham ou aos que já trabalharam, é condenar tudo à voracidade de um qualquer totalitarismo do capital selvagem. Porém... não se esqueçam: quando morrerem... nada levarão e não queiram deixar por herança algo de terrível e de catastrófico. As sociedades humanas são colectivas mas não devem de atacar os indivíduos. Muito menos espoliá-los das dignidades. O presente ditame da Troika é meramente  roubo das mais valias de um Povo que até pode ser pequeno mas pode bem valer mais do que os potentados que tudo julgam merecer. Só são potentados por roubarem e subjugarem os demais. É como esta história dos incêndios: ardem florestas. Menos árvores é igual a menos chuva, logo, menos água. Se ainda por cima reflorestarem com eucaliptos para enriquecimento rápido, condenam a todos à mais rápida desertificação e exaustão dos solos. O futuro não passa por estas soluções da zé-espertice. Também não favorece os Países que destróiem as televisões públicas ou as rádios públicas ou as culturas e artes. A Democracia tem que ser aprofundada. Os cidadãos têm que participar a todos os níveis. Tudo isto não se compagina com partidos que são meras seitas ou agências do grande capital. A democracia participativa é o futuro imediato. Da Europa e do Mundo. E isto obriga a haver estados sociais a sério. De contrário... matam os direitos humanos e as onus. Por arrasto... a vida humana. Esperemos que prevaleça o juízo.

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