segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Impressões Digitais de um estranho País (cont.)

221 - Terminaram os trigésimos jogos olímpicos. Em Londres, o Rio de Janeiro deu " aquele abraço" ao Mundo e recebeu o testemunho para a realização dos próximos em 2016. Da participação portuguesa nestes, há que dizer: os resultados obtidos estão concordantes com o modo como o desporto, nomeadamente olímpico, é visto pelos vários responsáveis, governos incluídos, e com o investimento que se faz. Para os andam numa fona a destruir o Estado Social, dizemos: a educação, desporto incluído, começa na pré-primária. Se as nossas crianças não forem instruídas e educadas e sensibilizadas desde sempre para a arte, a cultura, o desporto nas suas diversas modalidades, como desejaremos que elas sejam pessoas completas, bem formadas e capazes de juízos críticos e responsáveios e saudáveis? Andamos todos a jogar no velho desenrasque. Andamos todos a jogar numa estranha roleta russa. Os resultados estão à vista: não há desenvolvimento e dos esboços havidos está tudo a cair no abismo.Chega-se ao cúmulo de documentos ligados ao negócio dos submarinos desaparecerem misteriosamente do Ministério da Defesa e ninguém se aflige. O ministro da altura e que agora é dos negócios estrangeiros,está de férias e pouco importado com o que suceder. A Alemanha já castigou alguns dos responsáveis pelo negócio quer com a Grécia, quer com Portugal. E nós? Onde está a cultura da honra e da responsabilidade e da transparência? Repararam há quanto tempo Londres está pavimentada e construída? Por analogia, conhecem algum País europeu onde recentes estradas estejam sistematicamente a ser remendadas, capital europeia onde haja mais "buracos" para obras que nunca terminam e sempre resvalam para preços incomportáveis? Não há corrupção ao mais alto nível? Como dizia um emigrante há dias: Portugal está mais egoísta e menos desenvolvido e mais empobrecido. Não é verdade? Em Madrid, os funcionários públicos, todos os dias, na hora do almoço, juntam-se frente ao Ministério das Finanças e protestam contra os roubos que lhes estão a ser feitos e dizem que há fortunas a ser aumentadas com o produto dos roubos que estão a sofrer, eles e todos os demais cidadãos. Por cá temos uma confrangedora resignação e tanto que até beneficiamos de algum turismo que foge de onde pode haver conflitualidade social mais séria. Mas não resolve o problema dos cidadãos portugueses. Agora o governo vem dizer que em 2013 pagará os subsídios de férias e de natal aos seus servidores. Qual a moeda de troca? um imposto excepcional para todos? Para quando executarem a nosma de taxarem as mais valias da bolsa? Para quando a obrigatoriedade do retorno dos fundos portugueses que abusivamente e criminosamente foram retirados do País por tantos desses gurus que agora querem dar receitas de escravatura ao seu próprio Povo? Para quando o exercer da justiça no que toca aos crimes económico-financeiros e colocar no seu devido lugar os "imaculados criminosos"? Para quando afastar o compadrio, partidário ou não, das áreas do poder, bem como todos os farsantes que apenas sabem ser bons alunos do capital irracional que tenta destruir o Mundo e a civilização humana? E já agora: para quando o poder deixa de utilizar invenciocinices como a caricata e completamente asna de uma zita seabra que parece ter perdido todo o decoro e honra?! Os jogos olímpicos terminaram. Esperando pelos próximos, tentemos todos reconstruir a liberdade que nos está a ser minguada, sobretudo na área economico-financeira que tudo determina e saibamos salvar a alma humana de uma hecatombe civilizacional por demais anunciada por todos os arautos e operários da destruição dos Estados Sociais que... se forem dizimados, o Mundo condenará o máximo dos seus habitantes humanos à barbárie mais tenebrosa de sempre. A Vida, é e tem que continuar a ser, uma estrada de construção de um mundo melhor a sério. Onde cada semelhante é um irmão. Onde a tolerância, a compreensão, a cultura, a solidariedade sejam, de facto "aquele abtraço" que o Brasil deixou dado ao Mundo no encerramento dos trigésimos jogos olímpicos. Ao fim e ao cabo, mais não será do que o respeito pela democracia que os gregos inventaram quando souberam inventar os jogos que comemoravam a sua liberdade face ao velho império persa. A obrigação de cada um dos cidadãos é saber revolucionar cada momento da vida que lhe é dada, ou seja: corrigir os desmandos dos que atentam contra a verdadeira democracia para roubarem os seus semelhantes e ainda acharem que são campeões. De quê? Só se for da batota total. O que a actual governação é farta. A esperança olímpica, é, também, a esperança de um Mundo melhor para todos. Saibamos cumprir.

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