terça-feira, 9 de agosto de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

174 - Londres Continua incendiada e a incendiar-se.Fogos de ira e de desespero: não há trabalho e cortaram ajudas do Estado. Na Somália descarregam-se toneladas de alimentos. Não chegam para parar a morte de Pelo menos Cinco crianças CINCO Todos os dias.Crianças órfãs da vida. Filhas da fome e do desaustino dos que se degladiam Em vez de se salvarem. A crise mundial alastra. Tocam sinos a rebate Na França napoleónica De um Sarcozy Que já perdeu o tempo Do seu tempo.Antes tinham retinido os alarmes na Itália de um mafioso Cavalieri E numa Espanha onde Os indignados Não desarmam da exigência de uma nova Sociologia Política. Na Alemanha Merkl está sitiada. Desabaram-se-lhe na Bolsa As cotações industriais Motor alemão da sua arrogância. Brasil e China e Índia Têm mais dinheiro do que os EUA.Bem pode Obama empertigar-se contra as empresas de rating. O modelo financeiro mundial está em agonia. Já se advoga ir-se à estaca zero E recomeçar o Mundo de novo. Político e Social Será bom de ver.Nunca com os actuais actores. Nunca com as actuais ideologias. Uma nova sociologia política Que determinará mais humanidade e menos materialismo.A família humana que habita o planeta Terra Não pode pedir dinheiro para comprara alimentos Para acudir aos esfomeados que agonizam em África e não só. Pura e simplesmente terá que lhes ofertar o alimento e trabalhar para que tanto não se volte a repetir.A família humana Não pode continuar a contaminar rios e mares e lençóis freáticos E depois vender a água potável que resta a preços incomportáveis. Tem que descontaminar. Não repetir contaminações. Gerir a que resta Em dádiva a todos. E todos têm que saber utilizá-la De modo mais consciente e responsável e sustentável. Trabalho para todos? Claro. Há imenso para fazer. Porém... a cada um De acordo com as suas necessidades. E as necessidades de cada um Não serão compagináveis com o egoísmo feroz e selvático Que nos está a levar a todos para a suprema liquidação. É urgente uma novíssima sociologia política Que determine um novo modelo de sociedade Onde todos são povo Irmãos pela humanidade que são. E este imperativo actualíssimo obriga os partidos As religiões Os sindicatos e demais organizações sociais Sem deixar de fora os restantes indivíduos a uma reflexão profunda e séria.A Humanidade tem que limpar o respectivo crâneo de toda a lama que a actualidade lhe tem dado.Tem que se reformular Em nome da sua sobrevivência e da sobrevivência da Vida.De não esquecer que as próprias Autarquias estão a entrar em ruptura. E elas ainda são o último cais de abrigo das populações indefesas face ao ataque dos falcões destes regimes em agonia.Já não areia para esconder as cabeças.Já não há espaço para retóricas demagógicas. Já não há espaço para conservadorismos bacocos e criminosos.A arte da tolerância e da compreensão terão de ser o suporte para a mudança de atitude. Os interesses de grupo ou de casta De nações ou de povos não podem subrepor-se ao interesse vital de cada indivíduo e da humanidade no seu todo.Já não há espaço para se pensar que se nos livrarmos dos problemas os outros que se lixem.A cultura de forma séria e responsável tem que auxiliar e suportar todas as divisões e incompreensões a abrirem-se ao novo mundo que exige o seu tempo. O tempo da nossa sobrevivência colectiva Onde para se ser feliz só é necessário que cada um tenha o essencial de que necessita e não deixe nunca de trabalhar em conjunto com os demais para o bem comum. E este é o bem estar do planeta e da Humanidade.

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