sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

172 - Anda uma onda de entusiasmo por privatizações a alagar este Portugal que até anda muito num encolher de ombros como quem se espraia nos areais marítimos.Nem que seja a poder de sandes e garrafas de água.Anda tudo louco. A maior parte dos portugueses ainda não perceberam que esta receita do actual PSD (privatizar para que o estado seja menos estado)é apenas e tão só a alienação do que resta da soberania portuguesa como modo de não atingir os grandes interesses instalados. Sejam portugueses ou estrangeiros. Por exemplo: o snr. Amorim que até tem fama e proveito de ser o mais rico de Portugal leva as mais valias das suas negociatas para a Holanda onde tem a sede das suas empresas. Por cá paga pouco aos seus trabalhadores e depois oferece-lhes caridade e ainda lições como se deve ou não gerir as migalhas dos orçamentos familiares. As mais valias ou os lucros da banca são intocáveis.Privatizar pelo menor preço possível as empresas estratégicas deste País é palavra de ordem. Faz-nos lembrar o Carlos Menem da Argentina que também privatizou tudo ao preço mais baixo possível e empobreceu a maior parte dos argentinos. O que mais nos arrepia é vermos a resignação e o maior analfabetismo a sair a terreiro na defesa destes e outros crimes contra a liberdade e a cidadania e a democracia deste País.O conservadorismo português nunca foi bom conselheiro. Antes a matriz dos mais hediondos crimes públicos ou privados.Fala-se em combater a corrupção. Muito bem. Prendam a maior parte dos políticos dos partidos da troika portuguesa.É a própria imprensa a dizê-lo: quando deputados legislam a favor dos interesses próprios e de amigos.A realidade é que o ataque à cidadania ( os direitos laborais são direitos humanos e de cidadania) aos direitos humanos...está de botas e de esporas sobre quem trabalha e se vê espoliado de tudo.Os mais velhos que agora defendem o conservadorismo reinante rapidamente vão amargar as suas opções.Os mais novos... ou se revoltam ou partem para o estrangeiro. Não chocará aos políticos portugueses a exportação da mão de obra e da inteligência? Não são crimes contra o desenvolvimento e o progresso? Pensem enquanto podem.
A estupidez e o deixa andar sempre foram a causa da nossa pobreza física e mental.Tomar a vida nas nossas próprias mãos é um direito e um dever se queremos continuar a ser portugueses.

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