quarta-feira, 13 de julho de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

169 - Das clareiras da ignomínia parece haver parca memória.Assim repetem-se e multiplicam-se tais actos malsãos. Desde Belém a S. Bento Por carris financeiros ou da comunicação social Não faltam vendilhões de almas Não faltam mercadores de independências Não faltam arautos de todas as inevitabilidades Não faltam construtores de teias Tarântulas esfaimadas de presentes Pensando resguardar os seus futuros quando castram os do próprio berço. O capital anda radical e perde todas as suas máscaras.Quer e exige labor Mas fustiga e desanca e humilha o Trabalho. Declara tudo fazer para bem do(s)Povo(s) Enquanto o(s) espolia de tudo O que inclui a(s) própria(s)alma(s). Quando se corta a raíz a uma árvore Ela sobrevive? Claro que não. E aos que opinam que o Povo anda desatento Há que desafiar o Povo: quando alguém atravessa uma rua não tem que olhar em todas as direcções para não ser atropelado ? Então porque não ter a mesma conduta No trabalho Na vida social Na vida política Na vida religiosa Enfim Na existência? O pior é que todo este suceder de crises esconde a maior e mais grave: crisa de valores Crise do capital Crise do mundo global. Crises da crise que afoga e esgana e degola a Democracia. A bancarrota dos EUA está evidente. Deixou de estar oculta. Têm inundado o Mundo de papael moeda que não tem suporte nas respectivas reservas de ouro. Mas não desarmam de serem patrões do Mundo. E se Obama quer evitar o pior e aumentar o tecto do déficit Já aos republicanos interessa não o fazer e atirar o Mundo para uma guerra global. Não são eles os donos das fábricas do armamento? Ou me obedeces ou levas no focinho!... O rating das empresas de notação ( por sinal americanas) contra a UE É sinal do endurecimento do capital EUA. A UE sofre de carência nevrálgica de democracia política e económica e social. A UE não quer ser uma Federação. A UE só é solidária na exacta medida dos interesses momentâneos dos seus membros mais fortes. Mas a UE e os EUA não conseguem conviver com o protagonismo crescente dos Países emergentes.Perdem fontes de matéria prima que têm sido objecto de rapina e pouco de aquisição séria e respeitadora dos Povos que dela são donos. Mais do que nunca impõe-se a luta dos conscientes de cada um dos Países contra toda esta conspiração do capital fraudulento e usurpador da Vida. Tentar alargar a geografia desta mesma consciência. O Mundo e a Sociedade Humana não podem prescindir do lado material da Vida. Mas não pode nem deve continuar a insistir em fazer do lado material o seu Deus a que tudo se sacrifica até ao ponto de estupidificar a vida e de a tornar abjecta e nula de esperança. O Mundo e a Sociedade Humana têm que erguer o primado da vertente espiritual da Vida. Algo que ultrapassa o egoísmo das religiões. Só assim poderão harmonizar a coexistência entre todos os seres e reequilibrar a vida planetária. Só assim saberão investir no Estado Social que dignifica a Humanidade que tem que se ver e compreender e tolerar como sociedade fraterna que é. Obviamente que tudo isto anula a ganância e a ambição ususrárias dos que se julgam eternos e donos da Vida na sua totalidade. Ninguém é dono da nada. Todos são usufrutuários de tudo. Em nome de uma vida melhor Em nome de todas as crianças Há que desassossegarmo-nos e hastear de vez o combate sério e consequente contra a iniquidade que se levanta e resfolga por todos os poros do planeta Portugal incluído. De contrário As forças mais negras dominarão e escravizarão tudo e todos Fazendo regredir as civilizações para estádios que a inteligência não admite. Tentar também anular a violência gratuita do desespero que começa a alastrar. Não se pode empobrecer alguém para depois vir praticar caridade. Não se pode humilhar um Povo e depois abrir guerra ao chamado terrorismo.Urge repensar a democracia e repô-la nos carris certos. O Mundo sem Estado Social é algo de anacrónico. O material As ideias As tecnologias Tudo o que existe e venha a existir Tem que ser direccionado para servir os seres e nunca transformar estes em escravos deles.Há que lutar contra os vígaros e oportunistas que nos têm governado. Há que erguer no Mundo um novo tempo de Paz De seriedade De convivência. Derrotar as doenças Sejam elas físicas ou de regime É imperioso. Iluminemo-nos para podermos iluminar os caminhos da Vida e do Mundo.

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