segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

178 - A esquerda abriu portas à Liberdade e aos direitos sociais. Pé ante pé O conservadorismo voltou Até que festejou o voto em massa que o Povo lhe dedicou. As crises são o fogo em que o Povo se queimou e a sela em que o conservadorismo sempre se sentou E cavalgou E cavalgou. "Tiram-nos da miséria e põem-nos a pedir": velho dito da rua que acabou cara e nua e crua. Das mil traições de quantos só foram de esquerda enquanto a conveniência existiu Fica-nos o sabor amargo.Logo que puderam Viraram conservadores Sem entenderem que Abrindo as portas aos velhos senhores Ficariam de fora porque eles não gostam de traidores embora e apenas os usem para alcançarem os seus desígnios. Assim: in-de-ci-fra-vel-men-te Todos os poderes se abatem sobre o que somos i-ne-xo-ra-vel-men-te!...Porque não haveremos de reagir i-nex-pli-ca-vel-men-te?... Só não teremos tempo in-du-bi-ta-vel-men-te Se desistirmos de ser gente!...
Por aniversário... ramos de chuva e a incerteza de tudo por sofá solitário. Se se senta Olha-se o horizonte e vislumbramos as lágrimas de Gaia ao pôr do sol. De manhã ela terá o rosto enxuto Olhando Duro O caminho Seixo que Correndo Abre um esteiro na água do lago. Resistir à destruição dos sorrisos ? De qualquer das formas É PRECISO.
Não há mais que um pouco de vento soprando Assobiando por entre as árvores e outros caminhos. As mantas não são linhos E os ventos vão ventiçando Ao arrepio da normalidade. Ameaçam-nos a dignidade e cantamos barcas Que ainda não zarparam Mas que não tarda Hão-de navegar contra os que nos ameaçam a Liberdade que mingua quando tudo se nos empobrece. Sentir o vento É ouvir o pensamento que nos engrandece quando nos levanta e ergue contra a desilusão e o terramoto de todas as traições.

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