segunda-feira, 11 de abril de 2011

Impressões digitais de um estranho País ( cont.)

155 - A governação pede ajuda externa.Depois do ultimato da banca. Depois do cerco das empresas da rating. Depois do sentenciar neo-liberal de uma direita europeia que já perdeu o pudor face aos Povos que formam a Europa. Depois de ter assumido todas as políticas de ataque ao Povo Português Sobretudo aos que trabalham.Depois de ter permitido salários ultra principescos a certos gestores e acessores e biltres do costume.Depois de se ter permeabilizado a todas as formas de corrupção. Depois de ter semeado todas as sementes da pobreza e da miséria. Depois de perder a agricultura e a pesca. Depois de não se ter sabido modernizar. Depois de... tanto que fica por enumerar. Mesmo assim o Povo parece achar que o melhor é continuar a dar o poder a toda uma direita Que tem massacrado Humilhado Escarnecido Chulado Sugado... Chiça!...

156 - A paisagem que nos cobre as mãos É um corpo assassinado Violentado Já sem número de vezes para contar. ( Dizem que nos expulsaram do Éden. Não. Nós é que nos expulsámos.) Não há vergonha nem pudor No desordeiro. O maior desacato é o que nos vai roendo a vida Pleno de sorrisos E de esperanças Tudo o que sofres É para o bem comum Tudo o que sofres É para um futuro melhor Cada vez nos rói mais fundo Vísceras do corpo Vísceras da alma E ele cada vez mais esfaimado E nós Otários de sempre Encolhemos os ombros Dizemos que se fosse outro seria pior E perdoamos-lhe este rói-que-rói E defendemo-lo dos predadores E não conseguimos ver outro sol no horizonte. Sobre a Terra o Sol estendeu uma enorme língua vermelha. Ele mandou-a tapar.

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